Aluno da ECA analisa fenômeno do Instagram

Para Felipe Watanabe, autor do trabalho, a escolha do tema surgiu da união de dois interesses pessoais que também o envolviam profissionalmente: tecnologia e fotografia.

Bruna de Alencar dos Santos / Laboratório Agência de Comunicação 

Movido pelo interesse em fotografia e aplicativos digitais, aluno do curso de publicidade e propaganda do Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo (CRP) da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, Felipe Watanabe analisou o fenômeno do Instagram em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Segundo Watanabe, a escolha do tema surgiu da união de dois interesses pessoais que também o envolviam profissionalmente: tecnologia e fotografia. Entre as dificuldades para compor o projeto o que mais o atrapalhava eram os prazos. “Seis meses é muito pouco tempo para estruturar um bom trabalho como o TCC. Se pudesse, teria planejado e pesquisado com mais antecedência, pois foi bastante complicado levar o TCC, optativas, o trabalho, outros projetos pessoais e o lazer todos ao mesmo tempo”, revela Felipe.

“Além de uma ferramenta de criação e manipulação de fotos, o Instagram associou à sua experiência essa camada social determinante: a partir dela, milhões de pessoas passaram a compartilhar suas fotos e, através delas, a divulgar de forma espontânea o aplicativo e seus recursos”, afirma Watanabe em seu texto de TCC.

O trabalho que recebeu o título de É bonito ser faux. A nova fotografia digital e o fenômeno do Instagram busca não só uma debate em torno dos equipamentos à prática de jornalismo, mas também uma discussão da estética da fotografia.

Faux-vintage é um movimento estético da fotografia digital que tem como objetivo associar a uma imagem contemporânea a aparência daquelas produzidas em diversas épocas. Essa é a razão de ser o do Instagram – nome que une as palavras instant (instantâneo, em português) e telegram (telegrama) – que fazendo uso de vários filtros concede às imagens efeitos retrôs.

Não resta dúvidas que a grande quantidade de celulares e smartphones tem impulsionado a popularização da fotografia. Hoje, o aplicativo que estava restrito aos celulares Apple já se encontra disponível também para o sistema Android, abrangendo milhões de novos potenciais usuários.

A jogada de mestre do Instagram é o compartilhamento de imagens de forma prática e instantânea – podemos falar em uma rede social baseada exclusivamente na imagem. “Além disso, ele [o Instagram] despertou o interesse pela fotografia em muitas pessoas que jamais tiveram interesse por ela ou haviam considerado essa prática como hobby”, conta Watanabe.

Em meio a tantas novidades o futuro da fotografia ainda é incerto. “Acredito que o Instagram ainda deve ter uma boa sobrevida, principalmente por estar, agora, associado ao Facebook e cada vez mais integrado a ele. Eu diria que pelo menos por mais dois anos o Instagram será a ferramenta mais popular entre as redes sociais de compartilhamento de fotos”, afirma. “Porém, grande parte do “hype” já passou, ele é agora uma plataforma estabelecida e deve ser aperfeiçoado constantemente, sem contar apenas com a popularidade meteórica inicial”, completa Felipe.

Felipe afirma que seu interesse por fotografia e tecnologia vai muito além do TCC, e que caso se decida a continuar a formação acadêmica é muito provável que siga nesta área, e, ainda revela, que ambiciona começar um ou mais negócios próprios tanto na área de tecnologia quanto na de fotografia.

Mais informações: email lac-eca@usp.br

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