IME desenvolve site para objetos achados e perdidos

Criado em software livre, o ACHUSP auxiliará na busca de objetos perdidos no campus da Cidade Universitária.

Antonio Carlos Quino / Agência USP de Notícias

Um sistema de achados e perdidos, implementado em software livre e com acesso gratuito, acaba de ser desenvolvido no Centro de Competência em Software Livre (CCSL) do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP. O ACHUSP, como foi batizado, tem como principal objetivo facilitar a vida das pessoas que perdem os mais diversos objetos no campus da Cidade Universitária. O site é gratuito e pode ser acessado no endereço http://ccsl.ime.usp.br/achusp.

“O desafio é criar uma comunidade em torno do sistema, onde as pessoas possam trocar informações sobre os objetos que perdem e os que venham a encontrar”, diz o professor Alfredo Goldman, diretor do CCSL e orientador do projeto.

O ACHUSP foi desenvolvido pelo estudante de computação do IME, Everton Topan da Silva, em seu Trabalho de Conclusão do Curso (TCC). Além de considerar uma necessidade, Goldman acredita que o sistema poderá servir de modelo a vários outros que poderão ser implantados em diversas organizações. “A exigência é que o software se mantenha gratuito”, avisa Topan, que atualmente é o gestor do site. Qualquer pessoa física ou empresa poderá se utilizar gratuitamente da plataforma desenvolvida no CCSL.

O estudante conta que a ideia surgiu não apenas da necessidade, mas também pelo conhecimento de uma página de achados e perdidos da USP na rede social Facebook. “Não sei exatamente quando esta página foi implementada na rede social, mas o fato é que, atualmente, já conta com mais de 1600 usuários”, conta Topan. A partir daí e com o apoio e orientação do professor Goldman, a construção do site em um software livre teve início no começo de 2012. “O sistema computacional do ACHUSP foi concluído no final do ano passado e ainda há muito o que ser feito”, descreve Goldman, ressaltando que muitas melhorias deverão surgir à medida que for aumentando o número de usuários, que hoje é de cerca de 20 pessoas.

Em segredo

Goldman destaca que, ao se inscrever, gratuitamente, o usuário tem a opção de se manter anônimo. “Isso pode evitar situações constrangedoras a quem veicula informações sobre um objeto perdido, por exemplo, como pedidos de recompensa, etc.”. Porém, o anonimato é uma opção do usuário ao se inscrever, tanto que no cadastramento há a opção de se postar uma foto.

Para integrar a comunidade ACHUSP basta acessar o endereço na internet e fazer o cadastro. Já constam no site pessoas à procura de objetos perdidos no campus como chaves de um automóvel, guarda-chuvas e óculos de sol, entre outros. Há também registrados objetos que foram encontrados, como um pen drive vazio, chaves eaté anotações de cálculo. Ao se cadastrar, o usuário terá no próprio site um guia de orientação para a correta utilização do sistema. O site também possui um espaço de casos que fora solucionados, ou seja, objetos perdidos que foram encontrados e devolvidos a seu dono.

Em relação à segurança do sistema, professor e estudante garantem que todas as medidas de praxe foram tomadas neste sentido. “Mas sabemos que nenhum sistema computacional é totalmente imune”, avisa Goldman. Semanalmente, Topan verifica as postagens no sistema. Em caso de uso indevido, as mensagens são retiradas do site. “Temos conhecimento de que em algumas unidades do campus existem centrais de achados e perdidos”, informa o professor. “Nossa ideia é centralizar essas informações num único site”.

Mais informações: (11) 3091-6135, com o professor Alfredo Goldman, no CCSL do IME.

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