Laboratório de Estudos Populacionais começa nova fase na FSP

Dentro da FSP já foram realizadas, com o apoio do LEP, aproximadamente 20 pesquisas em segmentos múltiplos da saúde.

Na área de saúde pública, a estatística, em particular ligada a populações, é uma ferramenta essencial, contribuindo para avaliação de cenários e permitindo o planejamento de ações e políticas de saúde. Criado em 2010 como um apoio aos pesquisadores do setor na coleta de dados e nas pesquisas de campo, o Laboratório de Estudos Populacionais (LEP) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP recebeu recentemente novas instalações. Ocupando agora a Sala 5 do segundo andar da Biblioteca da unidade, a ideia é que os novos recursos facilite a vida dos pesquisadores, e agilize os estudos.

Desde sua inauguração, o laboratório – que atualmente é coordenado pela professora Bethzabeth Slater Villar – colaborou com a realização de diversos trabalhos. O LEP oferece suporte tanto aos graduandos, quanto pós-graduandos e docentes na preparação para os trabalhos em campo de pesquisas epidemiológicas ou de natureza compreensiva. Para tanto, são disponibilizados equipamentos eletrônicos para empréstimo, digitalização de formulários e questionários, além de softwares de leitura de OCR (acrônimo inglês para Reconhecimento Óptico de Caracteres).

Segundo a professora Villar, houve um aumento no número de netbooks e nos scanners para digitalização de formulários – que são voltados à construção de um banco de dados mais permanente – em quantidade suficiente pela demanda atual do laboratório. Entretanto, a professora prevê que a procura pelos serviços do LEP vai aumentar, e deseja que o laboratório cresça ainda mais. “Quero automatizar todos os formulários da unidade, mas a mudança do papel para os arquivos digitais se dará pouco a pouco”, prevê.

Novo laboratório e equipamentos

O LEP está diretamente ligado à seção técnica de informática, da Diretoria da FSP. As visitas e empréstimos podem ser feitos às segundas e quartas, pela tarde e teças e quintas pela manhã. No espaço é possível, inclusive, realizar entrevistas por telefone em que são destinados computadores com equipamentos de áudio acoplados e ramais próprios. O LabTel, como é chamado, deve ser agendado com antecedência e sua autorização de uso é por tempo determinado. Ainda Não foram buscados investimentos para as novas instalações, mas a professora planeja futuramente procurar fomento a partir de editais e órgãos responsáveis. Os netbooks e gravadores digitais podem ser emprestados aos pesquisadores da FSP ou grupos consorciados à unidade nos trabalhos de campo destinados à produção de dados primários e no acesso e uso de dados secundários.

Auxílio nas pesquisas

Dentro da FSP já foram realizadas, com o apoio do LEP, aproximadamente 20 pesquisas em segmentos múltiplos da saúde: “de fatores diabéticos à resíduos sólidos”, segundo a professora Bethzabeth.

Angela Cassia Rodrigues conta que, quando realizava sua pesquisa sobre gestão de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos, contou com o apoio da infraestrutura do laboratório para a leitura e reconhecimento óptico de formulários. “Ganhei tempo e qualidade na captura das respostas”, diz.

Com a orientação do consultor técnico para a utilização do equipamento, a pesquisadora, na época doutoranda, desenvolveu sua base de dados digital. “O Flexicapture (software utilizado) cria banco de dados em Microsoft Office Access”, plataforma que facilita o tratamento e gerenciamento das informações recolhidas.

Apesar de ser mais direcionado aos docentes, a professora Villar ressalta que o laboratório também está vinculado aos alunos de pós-graduação e, por conseguinte, aos bolsistas de Iniciação Científica. Ela cita também o desenvolvimento de parcerias na criação de uma turma para treinamento de softwares específicos, além de suas articulações com outros laboratórios da USP. Se dedica ainda a parcerias com outras universidades – como foi o caso recente com o Centro Universitário São Camilo, que desenvolveu um software de interesse do LEP. Seu esforço é para um intercâmbio de conhecimento. “Esse é o nosso desejo, que isso não fique somente dentro da Universidade”, diz.

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