EESC completa 60 anos de engenharia na ‘capital tecnológica’ do País

A instalação da EESC alavancou o desenvolvimento tecnológico e educacional da cidade de São Carlos, que hoje é conhecida como "a capital da tecnologia".

A Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP completa 60 anos em 2013. A EESC foi criada em 24 de setembro de 1948.  Suas atividades tiveram início em 1953, com o oferecimento dos cursos de Engenharia Civil e Engenharia Mecânica. “A EESC sempre teve uma visão de vanguarda. Ensinar e pesquisar Engenharia numa cidade do interior , no início dos anos 50, certamente foi um projeto que a própria comunidade acadêmica da época não olhava com muito entusiamo”, diz Geraldo Roberto Martins da Costa, diretor da EESC.

A Escola foi a primeira unidade da USP a ser instalada em São Carlos, e sua evolução e desdobramento resultaram na criação das  demais unidades que compõem o campus universitário local: Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU), Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e Instituto de Química de São Carlos (IQSC). “A instalação da EESC alavancou o desenvolvimento tecnológico e educacional da cidade, que hoje é conhecida como ‘a capital da tecnologia’”, destaca Martins da Costa.

Atualmente  a Escola oferece dez cursos de graduação nas diversas áreas da engenharia: Aeronáutica, Ambiental, Civil, de Computação,  Elétrica/Eletrônica, Elétrica/Sistemas de Energia e Automação, Materiais e Manufatura, Mecânica, Mecatrônica, e Produção.

A Escola conta com mais de 200 docentes, fundamentais na formação dos mais de 8.600 engenheiros e 5.600 mestres e doutores diplomados. Para Martins da Costa, a EESC forma profissionais altamente qualificados para tanto para atender às demandas do mercado de trabalho quanto para seguir carreira acadêmica: “durante a graduação, o aluno tem a possibilidade de se envolver com o mundo da pesquisa, através de projetos integrados, atividades extra curriculares ou no contato com os programas de pós-graduação”, diz. Ao todo, são dez programas de pós-graduação, nas áreas de Hidráulica e Saneamento, Elétrica, Mecânica, Transportes, Geotecnia, Estruturas, Produção, Ciências da Engenharia Ambiental, Ciência e Engenharia de Materiais e Bioengenharia, com notas excepcionais de avaliação da Capes (Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

EESC Sustentável

A visão de vanguarda que acompanha a Escola de Engenharia desde a sua formação foi fundamental para o estabelecimento de um projeto pioneiro sobre sustentabilidade: o EESC Sustentável. Ele foi criado em 2011, em parceria com o programa USP Recicla, e tem como objetivo inserir a sustentabilidade nas atividades de ensino, pesquisa, extensão e administração da Escola, de acordo com Rosane Aranda, responsável pelo projeto.

Para envolver toda a comunidade  local na construção de  programas, projetos e ações a serem implantadas na EESC, foram formados oito grupos de trabalho, envolvendo docentes e funcionários da Escola e do Campus, com parceria do USP Recicla.

Os grupos desenvolvem projetos sobre mobilidade no campus, mapeamento em pesquisas de sustentabilidade, gestão eletrônica, gestão de resíduos especiais, entre outros. Para Roseane, os grupos de trabalho têm o papel de centralizar as pesquisas desenvolvidas na Escola que podem trazer soluções para problemas da EESC e do Campus.

“A iniciativa é pioneira porque tentamos trazer os resultados de nossas pesquisas para a prática, a fim de fomentar decisões administrativas, transformar conceitos e soluções em Engenharia e incrementar o ensino, para que o nosso engenheiro tenha uma visão diferenciada”, diz Martins da Costa.

 Também faz parte do EESC Sustentável a ambientalização dos cursos de engenharia. Por meio desse braço do projeto, os currículos dos cursos de engenharia da Escola estão sendo reestruturados. É um projeto de longo prazo, que pretende incluir a sustentabilidade em todos os cursos de Engenharia de Escola. Já existem disciplinas que tratam desse tema, mas a intenção é aproximar a sustentabilidade da grade curricular de cada curso, como uma disciplina laboratório, ou seja, ser trabalhada em conjunto com docentes de outras disciplinas. Por enquanto, o acesso a esse modelo se dá apenas aos alunos do curso de Engenharia de Produção, cujo programa político-pedagógico já vem sendo atualizado, mas existem planos para que seja estendido  aos demais cursos de engenharia da EESC – e em seguida sugeri-lo às demais unidades da USP.

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