Oportunidades de intercâmbio na Poli formam alunos com duplo diploma

Entenda como funciona o duplo-diploma e leia o depoimento de Victor Lassance, estudante de engenharia da computação que passou por essa experiência e hoje trabalha no Facebook

Bruna Rodrigues da Silva/Assessoria de Imprensa da Poli

As particularidades do universo acadêmico, principalmente no que diz respeito às chances de vivenciar novas experiências, fazem do aluno de graduação de hoje um futuro profissional melhor preparado, e com uma maior bagagem cultural. Um exemplo do diferencial que os estudantes da Escola Politécnica (Poli) da USP podem usufruir em algum momento de seus cursos é o intercâmbio. Nele, além de poder estudar algumas disciplinas nas universidades mais renomadas do mundo, há também a oportunidade de, ao término da graduação, obter dois diplomas, um pela Poli, e outro pela instituição escolhida.

Victor Lassance, 24, estudante do curso de Engenharia de Computação, decidiu enfrentar esse desafio e, para isso, foi para terras francesas, na École Centrale de Lyon, aprofundar seus estudos. “Escolhi a França porque estava em busca de universidades de ponta no mundo, e que poderiam melhorar não só o que eu aprendi aqui, em termos técnicos, mas também em termos culturais e de vida”, explica.

O processo seletivo para o grupo de Écoles Centrales acontece durante o quarto semestre, para que o estudante possa começar a sua segunda graduação no sexto. O tempo que ele passará no exterior, entre aulas e estágios, é de dois anos. “A questão de estar em lugares novos, ter adaptação, flexibilidade, são pontos superimportantes, e as empresas buscam muito isso. O mercado de trabalho enxerga bem essa experiência”.

Na École Centrale de Lyon há a obrigatoriedade de se estagiar no final de cada ano letivo. O primeiro realizado por Victor, denominado de estágio operário, foi em uma fábrica de motores da Bosch, em Caen, no norte da França. Já o outro, em 2012, no Facebook. Segundo ele, foi a partir da indicação de um amigo que a equipe responsável pela seleção de estagiários o convidou para fazer parte do processo seletivo. Após passar por todo o processo de seleção, foi contratado e permaneceu por seis meses estagiando em uma das mais desejadas empresas do mundo.

Satisfeitos com o desempenho alcançado por esse politécnico, com o término de seu contrato de estágio, a empresa decidiu efetivá-lo. “Foi em outubro do ano passado, após passar muitas noites em claro para poder mostrar um bom trabalho, eu consegui essa vaga, e volto em janeiro de 2014 para o Facebook”, afirma. Ano que vem, trabalhará em Londres e, após conseguir o visto de trabalho para os Estados Unidos, vai para a sede da empresa, para onde foi contratado.

Para se inspirar

No curso de Engenharia da Computação há a possibilidade do ingressante escolher entre o modo semestral ou quadrimestral. Em qualquer um dos casos, os dois primeiros anos são ministrados normalmente, ou seja, de modo semestral. A partir do terceiro, o aluno pode ingressar no regime quadrimestral, intercalando cinco módulos de aulas, nas dependências da Escola Politécnica, e outros quatro de estágios, realizados em empresas.

A opção de Victor foi pelo quadrimestral. “Trocar as minhas férias por um estágio, ou às vezes um trabalho dentro de algum laboratório da Poli me pareceu uma boa opção, até porque seria muito difícil fazer isso no semestral, pois ficaria dividido sobre qual rumo focar”. Além disso, ele evidencia a importância de fazer essa troca, entre a empresa em que se foi trabalhar e a academia, aplicando as teorias e práticas em ambos os meios.

O estudante frisa, também, a importância de se usufruir da universidade como um todo, de modo a aproveitar as oportunidades que ela possa oferecer ao aluno. “A nota não é tudo. O importante é buscar o que lhe interessa, correr atrás, ter motivação. Às vezes você vai errar, por exemplo, pegar uma monitoria ou trabalho em determinado laboratório e não gostar, mas não deixe de fazê-lo. Vá em busca de um duplo diploma, associações. Desse modo, conseguirá habilidades que só na sala de aula, sentado, não vai ser possível”, afirma.

Tais competências são procuradas no mercado de trabalho, e farão um profissional mais completo e preparado para as exigências atuais. “A Poli  oferece tudo isso, mas o aluno terá que correr atrás, virar noites estudando. É, em termos, um sofrimento, mas também um aprendizado muito grande e vale a pena no final”, conclui.

Mais informações: (11) 3091-5295

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