Startup de alunos encurta caminho entre clientes e empresas de frete

O aplicativo visa solucionar a demanda por transporte de objetos através da interação entre transportadora e cliente.
Foto: Marcos Santos / USP Imagens
Foto: Marcos Santos / USP Imagens
Projeto quer diminuir dificuldade no transporte de objetos pelo país

A Freta.lá, startup criada por alunos da graduação da USP em São Carlos, ficou entre as 40 selecionadas para participar do Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development (SEED), programa do governo de Minas Gerais que tem o objetivo de incentivar o ecossistema de empreendedorismo no estado e acelerar essas empresas em formação.

O projeto – desenvolvido por Bruno Pinheiro de Melo, graduando em Engenharia Aeronáutica na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), e Lucas Lobosque, que cursa Bacharelado em Ciências de Computação no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP – tem como finalidade suprir uma demanda na área de transportes urbanos. Os estudantes perceberam que havia uma grande dificuldade no transporte de objetos e isso se apresentava não só nas grandes cidades, mas também dentro da comunidade universitária.

Em busca de realização pessoal e profissional, os jovens empreendedores enfrentaram o desafio, que exigiu muito conhecimento e percepção, e que resultou em uma experiência única. “O que adquirimos empreendendo supera em muito aquilo que teríamos em uma carreira tradicional em uma grande empresa”, avalia Bruno de Melo.

Freta.Lá

Foto: Divulgação / Freta.lá
Foto: Divulgação / Freta.lá

O aplicativo Freta.lá permite ao usuário, sempre que precisar transportar um objeto, acessar e enviar um pedido, detalhando o que quer transportar, quando, a origem e o destino, inclusive com opção de multi-pontos de entrega. Esse pedido será enviado para a base de dados de transportadores, empresas de frete e moto-frete para que elas façam suas propostas e o usuário escolha a que melhor se aplica a seu caso.

Os  primeiros passos para a criação da empresa, fundada há pouco mais de cinco meses, foram a busca de informações e validação de algumas hipóteses da equipe. “Buscamos criar uma marca, um nome, concentrar a equipe em torno do problema e de possíveis soluções. A partir disso, fomos em frente no desenvolvimento do aplicativo e na busca de apoio de investidores e processos de aceleração”, explicou Bruno.

Os alunos planejavam lançar o aplicativo no começo deste ano, mas preferiram esperar um período mais adequado para dar força e projeção ao projeto. Esse é o segundo programa de aceleração em que o Freta.lá é bem colocado. “Além do conhecimento que iremos adquirir, a expectativa é que o investimento irá nos ajudar muito a potencializar o nosso negócio e chegar mais cedo ao cliente”, espera o desenvolvedor.

Semeando

Em sua primeira edição, o SEED (que também significa semente em inglês) selecionou 40 projetos (nove deles estrangeiros), entre 1367 inscritos, que serão acelerados durante seis meses em Belo Horizonte (MG). O objetivo do programa é transformar Minas Gerais em um polo de empreendimento tecnológico da América Latina.

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Além do chamado “capital semente”, que poderá ser de até 80 mil reais, as equipes passarão pelo processo de Customer Development, criado pelo acadêmico e empreendedor Steve Blank. Neste método, hipóteses sobre o negócio serão criadas e testadas continuamente junto ao cliente. Ao mesmo tempo, os empreendedores passarão por sessões semanais de formação individual, desenvolvendo habilidades essenciais.

O impacto social também é um aspecto importante para os criadores do SEED. O objetivo é criar uma grande rede de troca de informações e conteúdo não só para o ecossistema local, mas também para o Brasil e o mundo. Para isso, estão previstas palestras, workshops, cursos e que devem ser ministradas pelos empreendedores participantes do programa. As atividades do SEED serão disponibilizadas para todos na internet através do canal do programa no YouTube.

Mais informações: site https://freta.la e  http://seed.mg.gov.br

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