Trabalho da Bioengenharia da USP recebe prêmio em congresso internacional

Prêmio avalia a originalidade de investigação e a inovação tecnológica aplicada ao projeto.

Suzana Xavier / Assessoria de Comunicação da Prefeitura do Campus USP de São Carlos

O trabalho “Development and rheological evaluation of chitosan: pequi oil gels” recebeu, no dia 22 de abril, o Prêmio Jovem Cientista (Prêmio Bruce Hartmann Prize for young scientist) durante o congresso Polychar 22 – World Forum on Advanced Materials, realizado no período de 7 a 11 de abril, em Stellenbosch, na África do Sul.

As autoras do trabalho são Marilia Marta Horn, bolsista de Pós-Doutorado (PNPD/Capes) do Programa Interunidades em Bioengenharia; a química Virginia C. Amaro Martins, do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP; e a professora Ana Maria de Guzzi Plepis, coordenadora e presidente da Comissão de Pós-Graduação (CPG) do Programa Interunidades em Bioengenharia. O programa é oferecido pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), IQSC e Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.

Referente à relevância do prêmio, Marília destaca que a originalidade de investigação e inovação tecnológica são as principais características avaliadas na contemplação dos prêmios da conferência Polychar. “O evento possibilita que estudantes e jovens cientistas possam apresentar novos conceitos, novos materiais e novas descobertas na área de materiais avançados. Além disso, a conferência permite o contato com pesquisadores bem estabelecidos da área”.

O prêmio é vinculado ao congresso Polychar e conta com um comitê avaliador presidido pelo professor Jean-Jacques Pireaux da Universidad de Namur, Bélgica.

Trabalho

A pesquisa é vinculada ao grupo de Bioquímica e Biomateriais, que realiza trabalhos de desenvolvimento de novos materiais para aplicação médica e odontológica. Dentre eles, o preparo de géis de quitosana com agentes antioxidantes e anti-inflamatórios para uso da redução de tempo de cicatrização de ferimentos.

O trabalho premiado focou o estudo reológico de géis de quitosana e óleo de pequi (Caryocar brasiliense Camb.), extraído desta fruta típica do cerrado brasileiro. Além das propriedades já citadas do óleo de pequi, sua utilização também tem sido relatada na diminuição do crescimento de tumores cancerígenos. A quitosana vem sendo estudada no grupo em trabalhos de pesquisa há mais de 10 anos e é um polissacarídeo com propriedades antibactericidas, além de ser biocompatível e biorreabsorvível.

Mais informações: site http://academic.sun.ac.za/POLYCHAR/

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