HC comemora 20 anos de pioneirismo no tratamento de aneurisma da aorta abdominal

Serviço de Cirurgia Vascular realizou, em 1994, o primeiro implante de endoprótese, por método minimamente invasivo, para correção de aneurisma da aorta abdominal.

Da Assessoria de Imprensa do Instituto Central do HC

O Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) comemora 20 anos do primeiro implante de endoprótese, por método minimamente invasivo, para correção de aneurisma da aorta abdominal.

O pioneirismo da clínica colocou o Brasil em posição de destaque no cenário internacional. O país foi um dos primeiros no mundo a realizar o procedimento, desenvolvido em 1990 pelo médico argentino Juan Carlos Parodi.

O sucesso do tratamento tem beneficiado 200 pacientes por ano em atendimento no Hospital das Clínicas, o equivalente a 80% dos casos. São pessoas, com mais de 60 anos, com doenças coronárias graves, que retomam as atividades normais após passarem pela intervenção cirúrgica.

O aneurisma é uma dilatação da artéria aorta, a maior do corpo humano. Com a dilatação, a parede da artéria pode se romper, enchendo a cavidade do abdômen de sangue e levando à morte. O distúrbio acomete 6% da população masculina, acima de 60 anos, e está relacionado à arterosclerose em 95% dos casos.

A equipe responsável pela operação inédita, realizada em dezembro de 1994, foi chefiada pelo professor Pedro Puech, titular da Disciplina de Cirurgia Vascular. De lá pra cá, a contribuição da clínica serviu de espelho para os outros estados da Federação. Hoje, a maioria dos hospitais utiliza o método por reduzir os riscos de mortalidade, permitir recuperação mais rápida do paciente e exigir internação de dois a quatro dias.

O treinamento dos profissionais coube ao Serviço de Cirurgia Vascular. Durante os 20 anos de aplicação da técnica, foram capacitados mais de 250 cirurgiões vasculares no Brasil pelo HC.

A técnica consiste na realização de dois cortes de cinco centímetros na virilha do paciente, onde é introduzido um cateter com uma prótese que é implantada no local do aneurisma. Em seguida, o cateter é retirado e a prótese permanece fixada por redes metálicas, formando um novo duto à circulação do sangue. No método convencional, é feito um corte de 20 centímetros no abdômen e a prótese é costurada no local.

Para lembrar esse feito, a Cirurgia Vascular irá apresentar dois casos clínicos dedicados ao tema e exibir depoimento do criador da técnica, Juan Carlos Parodi, em reunião clínica que acontecerá no dia 11 de dezembro. O evento celebrará a excelência da assistência, em 70 anos do HC da FMUSP.

O evento celebrará a excelência da assistência, em 70 anos do HC da FMUSP.

Scroll to top