Conselho Universitário aprova proposta de reajuste salarial

A proposta foi apresentada pelo Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), em reunião realizada com o Fórum das Seis, no dia 14 de maio.

O Conselho Universitário aprovou, em sessão realizada no dia 19 de maio, a proposta de reajuste salarial de 7,21% a servidores docentes e técnico-administrativos. Foram 81 votos favoráveis, 9 desfavoráveis à proposta, uma abstenção e um voto em branco.

A proposta foi apresentada pelo Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), em reunião realizada com o Fórum das Seis, no dia 14 de maio. O reajuste deverá ser concedido em duas parcelas: uma de 4%, a partir de 1º de maio; e a outra, de 3,09%, a partir do dia 1º de outubro.

“O Cruesp entendeu que essa proposta chega ao limite do que as Instituições [USP, Unesp e Unicamp] podem conceder. O propósito é recompor os salários, sem desprezar o alto comprometimento do orçamento das Universidades com folha de pagamento”, destacou o reitor Marco Antonio Zago.

Segundo dados da Comissão de Orçamento e Patrimônio (COP), o impacto do reajuste sobre a folha de pagamento será de R$ 125 milhões e resultará em um comprometimento de 100,8% do orçamento da USP.

“O processo de discussão e votação deste tópico no Conselho Universitário foi iniciado no ano passado. Tornou-se política da Universidade compartilhar essas decisões com o Conselho por tratar-se de questão importante do orçamento”, explicou o reitor.

Nova reunião do Cruesp com o Fórum das Seis está agendada para o dia 25 de maio.

Revisão do orçamento

Na mesma sessão, o presidente da Comissão de Orçamento e Patrimônio (COP) e diretor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), Adalberto Américo Fischmann, apresentou a primeira revisão orçamentária referente a 2015, conforme definido na sessão que aprovou o orçamento da Universidade, em dezembro do ano passado.

Para este ano, a estimativa de repasse do Governo é 3,92% menor do que o previsto, o que equivale a R$ 189,5 milhões.

Na revisão do orçamento da Universidade, a alínea de custeio e capital registrou acréscimo orçamentário de R$ 35,8 milhões em despesas não previstas, como um adicional para bolsas de auxílio-moradia e despesas relacionadas à utilidade pública, como energia elétrica, água e telefone.

Em contrapartida, o Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV) apresentou despesa R$ 87 milhões menor que o previsto na proposta orçamentária. O PIDV teve adesão de 1.382 servidores, com o custo de indenizações de R$ 290 milhões e potencial de economia na folha de R$ 152 milhões em 2015. Os últimos desligamentos de funcionários que aderiram ao PIDV ocorreram no dia 22 de abril.

Segundo o reitor, a Administração Central, em consonância com os dirigentes, envidará esforços para delimitar o déficit orçamentário, ao final de 2015, em R$ 988 milhões, valor já previsto no orçamento aprovado em dezembro. “Estamos na rota da busca do equilíbrio do orçamento a despeito do cenário pessimista da economia do país”, considerou Zago.

Nova revisão orçamentária deverá ser apresentada no mês de setembro.

Plano de metas

Na reunião, o reitor informou aos conselheiros que o plano de metas da Universidade para o ano de 2015, estabelecido em março deste ano, está em pleno desenvolvimento e foi criado um grupo para fazer o acompanhamento desse processo e a identificação de possíveis gargalos.

O grupo é formado por três docentes, que também compõem o Conselho. São eles o vice-diretor da FEA, Joaquim José Martins Guilhoto; o professor da Faculdade de Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), Oswaldo Baffa Filho, e o professor da Escola Politécnica (EP), João Cyro André.

O plano de metas compreende 18 eixos de atuação, distribuídos em três domínios: acadêmico, relações com a sociedade e administrativo. Os eixos se desdobram em 76 metas específicas e as ações necessárias para sua execução.

Da Assessoria de Imprensa da USP

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