HC trata tontura e perda de equilíbrio da VPPB com manobras posturais

Os resultados são favoráveis em 80% dos casos. Medicamentos não são necessários na grande maioria.

Tontura e perda de equilíbrio, seguidas de náusea leve, durante apenas alguns segundos, podem ser sinais da VPPB – Vertigem Paroxística Postural Benigna, síndrome sem causa definida que se manifesta em qualquer idade.

O alerta é do otoneuro do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), Ítalo Medeiros. Segundo o médico, de cada 100 pacientes atendidos por mês no ambulatório da Divisão de Otorrinolaringologia, pelo menos 15% sofrem com a doença.

Além de gerar desconforto e insegurança, a síndrome aumenta o risco de quedas, especialmente em idosos, e pode prejudicar aqueles que dirigem, cuidam de crianças ou operam máquinas.O tratamento consiste em manobras posturais, em que o profissional executa uma série de posições de cabeça e do corpo. Os resultados são favoráveis em 80% dos casos. Medicamentos não são necessários na grande maioria.

Identificar a doença é a etapa mais difícil de todo o processo, explica Ítalo Medeiros. Têm pacientes que chegam ao HC com mais de dois anos de queixas. Outros são medicados na esperança de amenizar os sintomas, o que compromete ainda mais a saúde do paciente.

Para o diagnóstico, o paciente, sentado em uma maca, vira a cabeça para um dos lados, de forma brusca. Em seguida, o médico deita rapidamente o paciente na tentativa de desencadear uma crise típica de vertigem. Nesta situação, os olhos do paciente começam a girar e a tontura aparece. Pelo tempo de movimento dos olhos, o especialista descobre a localização da alteração dentro do labirinto e propõe a manobra correta.

A VPPB é causada por partículas de carbonato de cálcio (otólitos) que se soltam do utrículo, presentes no ouvido interno, e caem no canal semicircular do labirinto.

Se o problema afetar o ouvido interno direito, por exemplo, a cada movimento da cabeça os otólitos se movem para onde não deveriam estar e, consequentemente, atrapalham o funcionamento do labirinto. A manobra correta recoloca as partículas soltas dentro do labirinto e acaba com a tontura e perda de equilíbrio.

Da Assessoria de Imprensa do Instituto Central do HC

Mais Informações: email bete.subires@hc.fm.usp.br

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