Cientistas do IFSC desenvolvem espectrômetro multifuncional

Espectrômetro criado por pesquisadores do IFSC abre possibilidades na pesquisa e no ensino.

Da Assessoria de Comunicação do IFSC

Um novo espectrômetro de ressonância magnética digital e multifuncional desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP possui tecnologia que permite sintetizar hardware a partir de software, com base em lógicas programáveis (FPGA), podendo dispor de tantas quantas funcionalidades o usuário pretender, de forma muito mais rápida e eficiente que o hardware convencional. Ao controlar diversos tipos de equipamentos de espectroscopia, o sistema pode funcionar como relaxômetro, instrumento analítico de ressonância magnética, scanner de Imagens e espectroscopia in vivo por ressonância magnética, etc. Essa vertente “multipropósito” oferece inúmeras possibilidades para pesquisas e no ensino.

O professor Alberto Tannús, coordenador do Centro de Imagens e Espectroscopia in vivo por Ressonância Magnética (CIERMaG) do (IFSC) e líder da equipe de pesquisadores que desenvolve o sistema desde 2010 aponta que a abordagem utilizada focaliza no criação de um ambiente de desenvolvimento (IDE – do inglês Integrated Development Environment) que disponibilize aos usuários pesquisadores uma plataforma estável, amigável e sem limitações quanto à usabilidade do sistema, característica raramente encontrada nos sistemas comerciais existentes.

Para citar um exemplo, um scanner de Imagens por RM pode constituir uma poderosa ferramenta de pesquisa não limitada ao uso em diagnóstico clínico, mas com aplicações nas mais diversas áreas da ciência. A aplicação em diagnóstico clínico não é contudo desprezada; pelo contrário, um enorme esforço se fará na sequência deste desenvolvimento para constituir uma suite de metodologias de Imagens e Espectroscopia de RM nas mais diversas aplicações em diagnóstico médico.

Aplicações

Na área de agricultura, pode-se destacar a aplicação nos estudos morfológicos de danos em sementes, análise quantitativa de açúcares em frutas e estudos não invasivos do crescimento de raízes, enquanto que as aplicações na indústria do petróleo incidem especialmente na exploração da porosimetria de rochas por relaxometria e aplicações gerais em química analítica do petróleo e derivados.

Por outro lado, em ciências dos materiais, as aplicações vão para estudos morfológicos, por imagem, de inúmeros materiais, enquanto que na área da aeronáutPalestras da semana – 20 a 24 de janeiroica as aplicações podem verter sobre a contaminação de materiais compósitos utilizados em aerofólios. Por último, na área de diagnóstico clínico, os destaques vão para todas as aplicações envolvendo Imagens e Espectroscopia (in vivo e ex vivo – humana e animal) e a obtenção de diagnóstico médico, prevendo-se igualmente a utilização em autópsias.

Tannús ressalta a possibilidade do sistema ser aplicado a uma infinidade de áreas – ciências dos materiais, indústria do petróleo, agronomia, medicina, pecuária, aeronáutica e agricultura, entre outras. Em todas as aplicações foram observadas as necessidades e funcionalidades requeridas principalmente por usuários pesquisadores, de forma que o uso, adaptação ou criação das metodologias de RM específicas para os estudos sejam desenvolvidas em um ambiente amigável e não encontrem obstáculos. O grupo de pesquisadores é constituído por alunos de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (DTI / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / CNPq) e pós-graduação do IFSC (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), CNPq e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)).

Mais informações: (16) 3373-9836 / 3373-9876, com o professor Alberto Tannús

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