Professor Arlindo Philippi Jr debate gestão urbana e faz balanço da Rio+20

Pró-reitor adjunto, professor Arlindo Philippi Jr, ressalta a necessidade de recursos humanos mais qualificados para a gestao integrada e sustentavel das cidades.

Sylvia Miguel, especial para o USP Online

O professor Arlindo Philippi Jr, pró-reitor adjunto de Pós-Graduação da USP, esteve no Rio de Janeiro participando da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável e ministrou palestra na última sexta-feira (22), sobre cidades sustentáveis. O painel realizado no Rio Convention Pavillion, no Parque dos Atletas, trouxe exemplos de ferramentas e técnicas voltadas ao planejamento urbano integrado e reuniu executivos de empresas e administradores públicos, entre eles o secretário de Meio Ambiente da prefeitura de Fortaleza, Alencar Adalberto, e Arthur Lavieri, CEO da Suzlon Energy Brasil.

Coordenador da área de Ciências Ambientais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o professor falou sobre A Internacionalização Brasileira e os Desafios da Gestão Urbana: o Papel da Pós-Graduação. A palestra resultou de seminário internacional de mesmo nome, apresentado em Brasília em maio.

“As necessidades de pesquisa e pós-graduação no Brasil devem atender às demandas da sociedade. Mas governos, empresas e academia precisam estar melhor sintonizados para avançar na qualificação de recursos humanos e atender as necessidades de desenvolvimento sustentável”, disse o professor.

Segundo Philippi, as questões urbanas de mobilidade, habitação, infraestrutura e violência não podem ser enfrentadas sem gestores públicos bem preparados. Alem disso, é necessário o “reconhecimento dos movimentos que representam a tendência de internacionalização da vida econômica, cultural, social e ambiental”, disse.

“Faltam lideranças mundiais para propor mudanças”

Segundo Philippi Jr, os líderes de governo presentes na Rio+20 tiveram uma postura frágil, com discursos que não foram incorporados à prática através de ações e objetivos concretos para promover o desenvolvimento sustentável. “Os avanços em 1992 foram muito maiores que agora. As três convenções extraídas da Rio 92 tinham clareza e delas se originou os Objetivos do Milênio, que têm metas claras. O que todos esperávamos era extrairmos daqui objetivos claros, com prazos e metas. Acredito que faltou liderança para avançarmos”, disse.

Philippi esteve na Rio+20 como membro da delegação brasileira e lançou no dia 20 de junho o livro Contribuição da Pós-graduação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável – Capes na Rio+20. Lançado no estande do Ministério da Ciência e Tecnolgia, instalado no Pier Mauá, o livro faz um panorama da pós-graduação brasileira desde a Eco-92, focando os programas de 4.400 cursos de Pós-Graduação voltados à sustentabilidade, criados nesses 20 anos.

Para obter mais informações sobre a contribuição da USP para a Rio+20, visite o site www.prpg.usp.br/usprio

TV USP na Rio+20

Durante os 10 dias de Conferência, a TV USP esteve presente entrevistando personagens e especialistas da Universidade de São Paulo que circularam pelos pavilhões do evento. Entre eles estava o professor Marcos Sorrentino, professor da Esalq/USP, participante da Jornada do Tratado de Educação Ambiental, documento que define bases para uma educação ambiental voltada a uma sociedade mais sustentável. Elaborado durante a ECO92, o Tratado passa agora por uma revisão. Um dos objetivos da Jornada foi traçar um plano de ação para a educação ambiental nos próximos vinte anos.

Além disso, a cobertura registrou também as novidades do stand da Universidade de São Paulo que passaram pela Rio+20.

Para ter acesso à cobertura completa da TV USP, visite o site www.tvusponline.blogspot.com.br 

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