Pesquisa da FSP estuda alterações de sono e cardiometabólicas em motoristas de caminhão

A pesquisa estudou uma população de 57 motoristas de caminhão que trabalhavam em uma transportadora de cargas de São Paulo, sendo 26 do turno diurno e 31 do turno irregular (diversos períodos do dia e da noite).

Analisar o suposto efeito do horário irregular de trabalho, do índice de massa corporal (IMC) e da atividade física nos aspectos cardiometabólicos e de sono em motoristas de caminhão, foi o objetivo da tese de doutorado Alterações cardiometabólicas e de sono em motoristas de caminhão, de autoria da educadora física e mestre em Saúde Coletiva, Elaine Cristina Marqueze. A tese foi defendida no dia 13 de dezembro de 2012, sob orientação da professora Cláudia Roberta de Castro Moreno, docente do departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.

A pesquisadora realizou um estudo em uma população de 57 motoristas de caminhão que trabalhavam em uma transportadora de cargas de São Paulo, sendo 26 do turno diurno e 31 do turno irregular (diversos períodos do dia e da noite). Os motoristas responderam a questionários para avaliar demanda, controle e apoio social no trabalho. Também foram medidas a massa corporal, a estatura, circunferências abdominal e do quadril e o perímetro cervical. Foi realizada uma coleta de sangue em jejum de 12 horas para determinação das concentrações plasmáticas de glicemia, colesterol total e outras. Além disso, os motoristas utilizaram por sete dias consecutivos actímetros, que são instrumentos que registram a duração de período de repouso e atividade,  para estimar os padrões de sono.

Os resultados encontrados indicaram que o IMC médio dos motoristas que trabalham em horários irregulares foi significativamente maior do que dos motoristas diurnos e os irregulares também apresentaram concentrações mais elevadas de colesterol total e LDL-colesterol do que os diurnos. A prática de atividade física no tempo de lazer foi baixa em ambos os grupos.

Foi possível concluir que, por conta de longas jornadas e maior tempo na profissão, o trabalho dos motoristas de caminhão está associado ao desenvolvimento de fatores de risco cardiometabólicos.

Com informações da Assessoria de Comunicação da FSP

Mais informações: (11) 98758-6384, email ecmarqueze@usp.b, com Elaine Cristina Marqueze

Scroll to top