Projeto de alunos da Poli possibilita controle remoto por meio de gestos

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Antonio Carlos Quinto/ Agência USP

Um protótipo desenvolvido na Escola Politécnica (Poli) da USP possibilita controlar comandos de uma TV apenas com gestos. Trata-se do controle remoto sensorial que foi desenvolvido por alunos dos cursos de engenharia de computação e engenharia elétrica da Poli.

O novo sistema nasceu de um projeto de final de ano que uniu os estudantes Maurício Carneiro, Eduardo Almeida, Danilo Shibata e Luís Felipe Ferreira. O “controle sensorial” foi desenvolvido a partir da utilização do Kinect, dispositivo da Microsoft para o seu video game XBox 360, que permite ao jogador interagir com o aparelho sem usar um controle manual.

“Nosso protótipo funciona com um computador, que contém o software da Microsoft e uma placa Arduino que capta e identifica os sinais da TV. Os gestos são gravados e armazenados num software”, descreve Maurício Carneiro. Os sinais gravados funcionarão então a partir de gestos que permitirão que o controle emita o sinal de comando para a televisão. Carneiro explica que o controle pode ser posicionado em frente, acima ou ao lado do aparelho de TV.

Comandos

Até o momento, os estudantes conseguem operar o protótipo com comandos como avançar e retornar canais, controle de volume e ligar e desligar a TV, todos apenas com gestos.

“A ideia é prosseguir com as pesquisas e aperfeiçoarmos ainda mais o projeto”, diz Carneiro. Segundo ele, é perfeitamente possível aumentar a quantidade de gestos para melhor controlar o sistema, bem como adaptar futuramente até mesmo comandos de voz. O projeto envolveu o desenvolvimento de dois softwares e foi supervisionado pelo professor Ricardo Nakamura, do Laboratório de Tecnologias Interativas (Interlab) do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Poli.

O professor informa que a tecnologia não é inédita, mas destaca a inovação na proposta. “A novidade está na integração entre os componentes do sistema de controle remoto e o Kinect. Sei que existem projetos similares para controles de outros dispositivos e acho possível que existam projetos bastante próximos desse”, avalia.

Nakamura estima que, para o desenvolvimento de um produto para consumidor final, todos os elementos do protótipo separados teriam de ser integrados num único produto. “Para termos um produto ‘de prateleira’, seria preciso projetar algo que reunisse os três principais componentes do protótipo [Kinect, Arduino e computador] em algo mais barato e compacto. Seria necessário avaliar a viabilidade de se executar o sistema de reconhecimento de corpo e movimentos, criado pela Microsoft para o Kinect, em um sistema computacional mais modesto”, explica, ressaltando que isso poderia implicar em novos projetos de pesquisa”.

Mais informações com o professor Ricardo Nakamura pelo email ricardo.nakamura@poli.usp.br, ou com Maurício Carneiro, email mlycarneiro@gmail.com.

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