Especialista da FMUSP discute consumo de chocolate durante a Páscoa

A nutricionista Ana Cláudia da Silva explica alguns dos benefícios e dos malefícios da guloseima.

Bete Subires / Assessoria do HC

Os benefícios do chocolate à saúde são inúmeros, por ser fonte de polifenóis, antioxidantes naturais presentes no cacau. Segundo a nutricionista Ana Cláudia da Silva, do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), estudos atuais sugerem que esses antioxidantes, mais presentes no chocolate amargo, combatem os radicais livres, retarda o envelhecimento e ajuda a diminuir os níveis de LDL (o mau colesterol) no sangue.

Além disso, existe a teobromina, substância estimulante que melhora o funcionamento dos vasos sanguíneos e favorece a saúde cardiovascular, explica Ana Cláudia. Essa substância, junto com a tiramina, estimula os neurônios e melhora o raciocínio. Já a presença de feniletilamina estimula a produção de serotonina, promove bem-estar e alivia a tensão.

No entanto, alerta a nutricionista, o chocolate se torna um malefício quando consumido em excesso, principalmente na forma de chocolate tradicional (ao leite) e do chocolate branco. Isso porque as gorduras saturadas do leite e a gordura vegetal hidrogenada, ao serem acrescentadas no processo de fabricação, elevam muito seu poder calórico, além de serem maléficas à saúde cardiovascular.

O alto valor calórico (proveniente das gorduras) favorece o ganho de peso, a elevação da glicemia e, no caso das crianças, distúrbios gastrintestinais, como flatulência e diarreia.

Dessa forma, o ideal é dar preferência ao chocolate amargo (contendo acima de 70% de cacau), consumindo de forma moderada (30g/dia para crianças e 50g/dia para os adultos). Já os diabéticos devem escolher as versões diet e verificar a quantidade de gorduras totais do produto, devendo optar pelas versões com menores teores, principalmente do tipo saturada.

Mais informações: email bete.subires@hc.fm.usp.br, site www.hc.fm.usp.br

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