Engenheiro agrônomo formado na Esalq aponta a capacidade gerencial como diferencial na profissão

Em entrevista, Marcos Fava Neves destaca que existe uma demanda muito grande para o engenheiro agrônomo com capacidade gerencial.

Ana Carolina Miotto / Assessoria de Comunicação da Esalq

Projeto AGROdestaque, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, divulga as contribuições que os egressos da Escola  realizam nas Ciências Agrárias, Ambientais e Sociais Aplicadas. Em entrevista concedida ao projeto, o engenheiro agrônomo Marcos Fava Neves, formado 1991, destaca que existe uma demanda muito grande para o profissional da área com capacidade gerencial.

Atuação Profissional

Após formar-se, em 1991, fez pós-graduação em Administração, na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. Morou um período na França, quando estudou marketing de alimentos. Doutorou-se em Direito, na área de canais de distribuição, e fez o “sanduíche” na Holanda, em 1999.

Em 1995, prestou concurso para professor na FEA de Ribeirão Preto, na época, unidade nova da USP, onde lecionou as disciplinas de Estratégia de Marketing. Hoje é o chefe do Departamento de Administração da Escola.

Procurar disciplinas de marketing, administração, acabou sendo, de 15, 20 anos pra cá, uma “novidade” na formação? Hoje muitos engenheiros agrônomos trabalham com gestão.

Quando eu me formei, tínhamos uma aula no Departamento de Economia que explicava o conceito de agronegócio, que estava surgindo. Hoje, os alunos têm algo em torno de 15 a 20 disciplinas do setor. Portanto, o engenheiro agrônomo pode sair muito bem preparado para atuar na área de planejamento, estratégia, e não só na área técnica. Paralelamente a isso, como eu gosto muito de trabalhar em projetos e em consultoria, nós criamos um grupo de trabalho que hoje se chama MarkEstrat (fusão das palavras Marketing e Estratégia). Os 35 integrantes são de empresas ligadas à academia. Desenvolvemos projetos para as cadeias produtivas no Brasil e no exterior. Assim minha formação é muito aplicada, principalmente no que se refere ao agronegócio, área na qual eu mais gosto de trabalhar. Nós criamos um método, chamado Gesis, que ficou relativamente famoso no mundo, para mapear e quantificar o tamanho de uma cadeia produtiva e executamos aqui no Brasil para oito setores. Nesse momento, estamos aplicando nos ramos da carne bovina e algodão.

Para o aluno que vai se formar, o perfil do gestor tem então mercado promissor?

Ele é tão importante quanto aquele técnico excelente que vai cuidar das doenças e das modificações genéticas. É responsável por uma série de novidades que precisamos introduzir no campo – e o Brasil carece deles. É uma área muito propícia para agrônomo. Eu sou um exemplo disso – contribuo com o planejamento estratégico de muitos setores com formação básica em Engenharia Agronômica. Existe uma demanda muito grande para o profissional que tem a visão ampla da Engenharia Agronômica e que tem capacidade gerencial, porque estudou os conceitos de administração.

Mais informações: (19) 3447-8613 ou 3429-4485 / 4109, email acom@esalq.usp.br, site http://www.esalq.usp.br/acom/

Scroll to top