Prevenção e proteção em busca de um campus mais seguro

A superintendente de Prevenção e Proteção Universitária da USP, Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer, explica medidas em favor da segurança na Cidade Universitária – entre elas, a instalação de um novo sistema de monitoramento eletrônico, a requalificação da Guarda Universitária e mais diálogo com as polícias.

Seminários abertos

Foto: Francisco Emolo / Jornal da USP
Foto: Francisco Emolo / Jornal da USP

A Guarda Universitária é um capítulo à parte nos projetos da superintendente. Uma das grandes dificuldades do momento é o efetivo reduzido. Atuam no campus do Butantã 55 guardas em três turnos (das 6h às 15h, das 14h às 23h e das 22h às 6h). Além desses 55, há 12 na central de operações (atendendo aos chamados telefônicos), quatro trabalhando com segurança eletrônica, seis em funções administrativas e 12 na equipe institucional que atua no prédio da Reitoria. A média de idade dos guardas é de 45 anos.

Há quatro agentes mulheres, uma delas atuando nas ruas do campus, no primeiro turno. Para a professora, o contingente feminino deveria ser aumentado, especialmente levando em conta o primeiro atendimento a eventuais casos de violência sexual contra mulheres.

“Desde 2009 não há concurso para contratação de novos agentes da Guarda Universitária”, lembra a superintendente. Somados todos os campi, o contingente é de cerca de 160 integrantes. No plano que vai apresentar ao reitor para os próximos três anos da gestão, Ana Lúcia Schritzmeyer inclui a renovação do corpo de agentes, permitindo, por exemplo, que mais guardas circulem de bicicleta (atualmente são apenas quatro), oferecendo atendimento mais rápido. Os agentes devem receber também cursos de capacitação. Os próprios guardas vão responder, num questionário que a superintendência está preparando, qual seria o número considerado ideal de integrantes por equipe.

Melhorar a comunicação e o conhecimento das atribuições da Guarda Universitária são objetivos de outras medidas como a criação de um site específico, que deve entrar no ar em breve, e a realização de seminários abertos à comunidade. O primeiro foi realizado nesta segunda-feira, dia 20, às 14 horas, na Sala do Conselho Universitário, reunindo pesquisadores do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP para debater a segurança na USP e em universidades do exterior. “Vamos realizar esses seminários todo mês para que estudantes, funcionários e professores possam acompanhá-los, conversar com os guardas e conhecê-los”, diz a professora.

Muitas pessoas imaginam que a superintendência é responsável também pelos vigias das unidades e pelos vigilantes terceirizados, o que não é verdade. Os vigias são funcionários da USP que em geral permanecem dentro dos prédios e respondem ao diretor da unidade. Já os terceirizados trabalham em empresas contratadas pela Reitoria, e a superintendência acompanha apenas aqueles que atuam nos bolsões de estacionamento – muitos deles, por sinal, trabalhando em guaritas mal projetadas e mal localizadas. Com os recentes cortes orçamentários, o número de postos de terceirizados foi reduzido de 900 para 600, no campus do Butantã.

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