USP é a universidade que mais recebeu recursos da Fapesp em 2014

O documento aponta que as três universidades estaduais ficaram com 75% do desembolso da Fapesp no ano, sendo R$ 548,30 milhões disponibilizados para a USP.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) divulgou o Relatório de Atividades 2014 com os números de investimentos realizados em pesquisa no Estado de São Paulo no ano passado. O documento aponta que as três universidades estaduais ficaram com 75% do desembolso da Fapesp no ano, sendo R$ 548,30 milhões para a USP, R$ 154,59 milhões para a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e R$ 164,81 milhões para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O pró-reitor de Pesquisa da USP, José Eduardo Krieger
O pró-reitor de Pesquisa da USP, José Eduardo Krieger

Para o pró-reitor de Pesquisa da USP, professor José Eduardo Krieger,  os números que indicam a USP como o maior recebedor dos recursos da Fapesp – quase 50% do orçamento – são um motivo de orgulho e um grande desafio para a Universidade.

“No ano de 2014 essa verba foi superior a 500 milhões de reais. Se pensarmos no nosso orçamento que vem do Tesouro do Estado de São Paulo, que é de R$ 5 bilhões, estamos falando de mais de 10% deste valor em uma verba adicional para pesquisa. O que, na verdade, já faz parte da tradição: grande parte do montante para pesquisa é financiado de maneira competitiva por recursos que vêm das agências de fomento, da iniciativa privada, e assim por diante.”

Krieger esclarece que dentro do desembolso realizado em 2014 pela Fapesp há uma gama variada de modalidades de financiamento. “O financiamento de maior monta da Fapesp nos programas tradicionais, por exemplo, são os Cepids [Centros de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento]. E 11 entre os 17 Cepids que a Fapesp financia têm sua sede na USP, tanto no campus da capital como nos campi do interior.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Um outro aspecto salientado pelo pró-reitor foi o financiamento que começou a ser recebido em 2015 referente à participação do Brasil, de São Paulo – e em particular da USP – em um projeto na área de Astronomia: o GMT – Giant Magellan Telescope. “É um recurso bastante substantivo, um projeto de um bilhão de dólares, em que a Fapesp tem uma participação de 40 milhões. E isso foi feito por meio de uma proposta que partiu de um pesquisador da USP e que foi contemplada.”

Com isso, explica Krieger, a USP fará parte do comitê que toma decisões referentes à construção e ao funcionamento do telescópio. A previsão é que o telescópio seja disponibilizado para uso em 2021. “Esta é uma grande oportunidade para a ciência brasileira, inclusive para o setor privado, e a participação da USP nesse processo é um motivo de muito orgulho não só para a comunidade paulista, mas fundamentalmente para a USP, porque o projeto está ancorado aqui no IAG [Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP].”

Saiba mais sobre o GMT no site: http://www.iag.usp.br/gmt.

Direcionamento dos recursos

O relatório mostra que 82% dos recursos que compõem a Receita da Fundação, o equivalente a R$ 998,67 milhões, foram transferidos pelo Tesouro Estadual. Esse repasse do Tesouro é determinado pela Constituição e equivale a 1% da receita tributária do Estado de São Paulo.

O restante da receita é composto por recursos próprios: R$ 74,70 milhões referentes a receitas patrimoniais e R$ 149,07 milhões referentes a outras fontes de recursos, como é o caso dos convênios para financiamento conjunto de pesquisas em que alguns parceiros escolhem repassar os recursos para a FAPESP administrar o desembolso.

Pouco mais do que a metade (52%) do investimento foi direcionado a pesquisas com claro potencial de aplicação por meio de 15 programas, entre eles os que estimulam a pesquisa inovativa em pequenas empresas, os que promovem a parceria entre empresas e universidades e os que apoiam estudos para subsidiar a formulação de políticas públicas em áreas como Saúde, Educação e Meio Ambiente.

Outra parcela significativa (41%) dos recursos foi repassada a 12 modalidades de fomento que visam ao avanço do conhecimento. São programas que apoiam a formação de recursos humanos e estimulam a pesquisa acadêmica. E 7% foram investidos em programas voltados para a infraestrutura de pesquisa, para assegurar a continuidade das pesquisas no Estado de São Paulo com excelência.

Em 2014, a Fapesp recebeu 18.286 pedidos de apoio a projetos de pesquisa. Foram assinados 11.609 novos contratos de apoio, solicitados no ano e em anos anteriores, e estavam em andamento 11.197 bolsas.

Com informações da Agência Fapesp e da Rádio USP

Mais informações no link.

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