FOB e Centrinho integram consórcio internacional entre universidades

Como parte das suas iniciativas de internacionalização, a USP integra o Programa de Consórcios em Educação Superior Brasil/Estados Unidos numa promoção da Capes e do Fund for the Improvement of Post Secondary Education.

Como parte das suas iniciativas de internacionalização, a USP integra o Programa de Consórcios em Educação Superior Brasil/Estados Unidos numa promoção da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Fund for the Improvement of Post Secondary Education (Fipse).

Além da USP, participam desse programa outra universidade brasileira, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) do Rio Grande do Sul, e duas universidades norte-americanas: a East Tennessee State University (ETSU)) e a University of  Northern Iowa (UNI).

Nesse programa, a USP é representada por duas unidades: a Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) e o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho).

A professora titular do Departamento de Ciências Biológicas da FOB, Inge Elly Kiemle Trindade é a coordenadora do programa na USP, que conta com uma equipe integrada por três professoras do Departamento de Fonoaudiologia da FOB: Ana Paula Fukushiro, Katia Flores Genaro e Luciana Paula Maximino.

O convite para integrar o programa foi feito pela professora Márcia Keske Soares da UFSM, tendo em vista o interesse de professores da ETSU, juntamente com seus alunos de mestrado, desenvolverem com a professora Inge Trindade, pesquisas na área de fissuras labiopalatinas.

Atualmente, participam desse programa quatro alunas do curso de graduação em fonoaudiologia da FOB: Jacqueline Aquino do Nascimento e Mariana Lopes Andreoli que realizam o intercâmbio na ETSU, no período de janeiro a maio desse ano, e Bruna Tozzetti Alves e Ewelyn Terezinha Leandro Rodrigues, que estão na UNI, no período de fevereiro a junho.

Em contrapartida, em maio, alunos de mestrado das duas universidades americanas virão para o Campus USP de Bauru, para realizar estágios supervisionados, cursar disciplinas de pós-graduação e desenvolver uma pesquisa no HRAC/Centrinho, onde permanecerão pelo período de dois meses.

O programa de intercâmbio de docentes e estudantes inclui diversas atividades como: cursos via internet; seminários via internet (webinars); visitas mútuas científicas, educacionais e culturais e o desenvolvimento de projetos de pesquisa, nesse caso, na área das desordens da fala de crianças com fissura labiopalatina e anomalias relacionadas.

O objetivo central do programa é promover a compreensão das desordens da comunicação em crianças falantes do português e inglês. Para tanto, a coordenadora do programa na USP esclarece que foram realizados encontros preparatórios, como o promovido pela Capes/Fipse em Florianópolis (Santa Catarina) e visitas mútuas, a partir dos quais foi elaborada a programação das atividades envolvendo o intercâmbio dos alunos e o desenvolvimento dos projetos de pesquisa conjuntos.

Como exemplo, a professora Inge Trindade informa que está coordenando um estudo que permitirá comparar as desordens da comunicação de pessoas com fissura labiopalatina falantes do português e do inglês, com a participação das professoras Ana Paula Fukushiro e Katia Flores Genaro.

Numa primeira etapa será feito um estudo comparativo da nasalidade da fala nas duas línguas, isto porque a hipernasalidade (voz fanhosa) é justamente o maior distúrbio de fala de pessoas com fissura.

Outro projeto de pesquisa que está sendo desenvolvido com professores e alunos das quatro universidades diz respeito à utilização da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), nas fissuras labiopalatinas, sob a responsabilidade da professora Luciana Maximino.

Como parte das atividades do programa, as alunas de fono da FOB estão realizando estágio nas clínicas de fonoaudiologia das universidades americanas e, no momento, estão fazendo uma revisão sistemática da literatura no tema dos projetos de pesquisa, para fins de publicação.

Em conjunto com os docentes, alimentam sistematicamente um site que foi criado para o estudo e troca de informações dos integrantes do programa, que tem acesso a metodologias e tecnologias avançadas.

Na opinião da coordenadora Inge Trindade, a FOB e o HRAC estão desenvolvendo todos os esforços para contribuir para a internacionalização da USP, que hoje pressupõe não apenas um intercâmbio unilateral, mas mútuo, como o que se observa num programa como este.

Segundo Inge Trindade, o convênio assinado entre as quatro universidades é muito mais abrangente, pois envolve um consórcio de relevância entre o Brasil e os Estados Unidos. “Para a FOB, sem dúvida alguma, ele oferece a oportunidade dos nossos alunos terem uma experiência que não se resume a uma simples observação; eles estão interagindo e trabalhando ativamente com pesquisadores e clínicos experientes, com todo o suporte da Capes. E o contrário também é verdadeiro, estaremos recebendo alunos que vão atuar dentro das nossas instituições, interagindo com o corpo docente e discente da FOB e do HRAC, e seus profissionais. É uma experiência inigualável para esses alunos, que leva ao crescimento pessoal e à compreensão das diferenças não só linguísticas, mas também culturais entre os dois povos.” 

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