MAC amplia ocupação de sua nova sede com mais duas exposições

Com duas individuais, dos artistas Carlito Carvalhosa e Mauro Restiffe, museu abre ao público o Anexo Original do edifício projetado por Niemeyer

Da Assessoria de Imprensa do MAC

No ano de seu cinquentenário, o Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP dá continuidade à implantação de sua nova sede abrindo ao público, no dia 9 de março, das 11 às 14 horas, o Anexo Original do edifício com duas exposições: Sala de Espera, instalação de Carlito Carvalhosa, e Obra, fotografias de Mauro Restiffe. Outras três mostras já ocupam o térreo e o mezanino do edifício principal.

As doze fotografias do conjunto Obra foram selecionadas entre as mais de 1500 captadas durante quase três anos em que Mauro Restiffe acompanhou a reforma do complexo arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer, agora ocupado pelo MAC. São imagens circunspectas, todas em preto e branco, que revelam os estágios do processo de reforma e adaptação dos espaços do arquiteto, resgatando certa solenidade dos edifícios, ao mesmo tempo em que os reconhece como monumento e ruína.

Tadeu Chiarelli, diretor do museu, lembra que “a fotografia é mais interpretação do que documento e que uma determinada circunstância espaço/temporal captada não é, e nunca será, eterna como documento, mas que buscará a improvável mas ainda desejada eternidade da obra”.

Já Carlito Carvalhosa montou sua Sala de Espera a partir dos elementos arquitetônicos originais de Niemeyer, principalmente as colunas, e aqueles que foram instalados para que o local pudesse abrigar o museu (as paredes de drywall). A esse conjunto que forma o cubo branco do museu, Carvalhosa opôs quase uma centena de antigos postes de madeira que um dia serviram à rede elétrica, conferindo ao espaço uma dimensão irreversível de atualidade.

É justamente no jogo entre a série de colunas e os postes nunca na vertical (todos se posicionam entre o horizontal e o oblíquo), aliado à densidade do material e à espessura histórica dos postes, que a intervenção de Carvalhosa evidencia sua razão de ser. “E o espaço que havia se tornado recluso, fechado em si mesmo, quase uma sala de espera, revela-se um lugar de ação, de percepção participativa e conscientizadora” diz Chiarelli.

Mais informações: site http://www.mac.usp.br/mac

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