Astrônomos do IAG participam da missão espacial Gaia

A missão espacial Gaia mobilizou centenas de astrônomos de diversos países, e três deles são professores no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP: Ramachrisna Teixeira, Ronaldo Eustáquio de Souza e Sandra dos Anjos.

Foi lançado na manhã desta quinta-feira, 19 de dezembro, o satélite Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA). A missão espacial tem como objetivo fazer um mapeamento confiável tridimensional da Via Láctea, monitorando cerca de 1 bilhão de estrelas. Com os dados do Gaia, será possível conhecer com alto grau de confiança as distâncias dos astros – grandeza essencial para a Astronomia – e seus movimentos espaciais. O satélite observará também centenas de milhares de quasares e galáxias.

A missão espacial Gaia mobilizou centenas de astrônomos de diversos países, e três deles são professores no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP: Ramachrisna Teixeira, Ronaldo Eustáquio de Souza e Sandra dos Anjos.

“Nosso envolvimento se dá em uma unidade de trabalho que se chama Development Group (DU470) – Extended Objects”, conta o professor Ramachrisna. O grupo, que está inserido na unidade de processamento de objetos do DPAC (Consórcio de Análise e Processamento de Dados), tem como objetivo o aproveitamento científico dos objetos extensos como galáxias e nebulosas planetárias que serão detectados pelo satélite.

Ramachrisna foi co-orientador, junto com Christine Ducourant (Observatório de Bordeaux), de uma pesquisa de doutorado defendida no IAG sobre o tratamento e a análise de dados que podem ser obtidos com o Gaia. “O então aluno Alberto Krone Martins, que hoje está totalmente mergulhado na missão Gaia, trabalhando em Lisboa, mostrou em seu trabalho que é possível fazer ciência e ampliar os horizontes da missão espacial Gaia com o tratamento que desenvolveu para as observações de galáxias que serão realizadas pelo satélite”, explica. “Neste momento, estamos nos organizando para desenvolvermos pesquisas visando detalhes da ciência que iremos fazer com os dados do Gaia”.

A missão Gaia teve custo de cerca de 1 bilhão de euros, e o satélite orbitará um dos chamados pontos de Lagrange (L2) a 1 milhão e meio de quilômetros atrás da Terra quando vista do Sol, durante cinco anos. Equipado com dois telescópios, fotômetros azuis e vermelhos e espectrômetro de velocidade radial, o Gaia deve permitir importantes descobertas para a Astronomia. Ramachrisna avalia algumas das expectativas no artigo “O Universo em três dimensões: um belo presente para a Humanidade”, que segue anexado.

Mais informações: (11) 3091-4650, email lhys@usp.br

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