Marcador proteico é testado em doença neurodegenativa

Projeto que envolve avaliação de marcador genético do Centro de Estudos do Genoma Humano do IB terá a duração de dois anos.

Júlio Bernardes / Agência USP

O Centro de Estudos do Genoma Humano do Instituto de Biociências (IB) da USP vai avaliar a utilização de um marcador proteico para doenças neurodegenerativas. O projeto é um dos 17 contemplados na chamada pública realizada pelo Grupo Fleury para propostas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico nas áreas de Medicina e Saúde. O estudo, que será realizado em parceria com o Grupo Fleury e a Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), nos Estados Unidos, deverá ter duração de dois anos, com investimento de R$ 300 mil.

O marcador que será avaliado na pesquisa ainda está em desenvolvimento. A avaliação será feita sobre uma proteína responsável por formas hereditárias de Esclerose Lateral Amiotrófica (Doença do Neurônio Motor). Os cientistas irão estudar se a proteína também teria relação com casos esporádicos, ou seja, aqueles em que o paciente não apresenta histórico familiar da doença.

Inicialmente, os testes com o marcador serão realizados “in vitro”, em culturas de células. Após esta etapa, o marcador será validado com amostras do material genético de pacientes portadores de Esclerose Lateral Amiotrófica.

Colaboração

A pesquisa com os marcadores é coordenada pela professora Mayana Zatz, do Centro de Estudos do Genoma Humano do IB e por Miguel Mitne Neto, no Grupo Fleury. A equipe envolvida conta com com cinco pesquisadores das duas instituições e a colaboração de Alysson Muotri, da Universidade da California em San Diego (UCSD), nos Estados Unidos.

A Escleorose Lateral Amiotrófica é uma doença neurodegenerativa progressiva que surge na idade adulta, causada pela morte dos neurônios motores do córtex cerebral, tronco encefálico e medula espinhal. Os portadores apresentam perda de força progressiva nos membros superiores e inferiores. Também pode ocorrer comprometimento da fala, deglutição e da função respiratória. Cerca de 90% dos casos são esporádicos.

A chamada pública do Grupo Fleury (formado por empresas que atuam no setor de medicina diagnóstica, preventiva e terapêutica) foi lançada no último dia 19 de julho, para apoiar projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico em Medicina e Saúde. As 67 propostas apresentadas passaram por um Comitê de Avaliação, que analisou projeto, orçamento, equipe e assistiu a apresentações dos coordenadores dos projetos. A chamada aprovou 17 propostas, que receberão ao todo um apoio financeiro de R$ 6.457.896, 00.

Mais informações: site http://genoma.ib.usp.br

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