Pesquisa desenvolvida na Esalq pode combater o percevejo-marrom, maior praga da soja

Com a dieta desenvolvida pelo LEA, abre-se caminho para o manejo integrado de pragas (MIP) na cultura de soja.

Pesquisadores do Departamento de Entomologia e Acarologia (LEA), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP em Piracicaba, desenvolveram uma dieta que permite a criação do percevejo-marrom (Euschistus heros).

A nova dieta é baseada em vagem de feijão liofilizada, amendoim, sacarose, agentes anticontaminantes e água, com 25,7% de proteína. Esta configuração permite a multiplicação do percevejo-marrom por gerações sucessivas sem perda de sua qualidade de campo (“selvagem”). Com isso, pode-se estudá-los melhor, o que facilita a criação de dois tipos de vespa (Telenomus podisi e Trissolcus basalis) que são suas inimigas naturais.

O percevejo-marrom é uma das principais pragas da cultura de soja. No país, essa cultura é responsável por 24 milhões de hectares, três vezes maior que a área de cana-de-açúcar. Já na balança comercial, as exportações de soja somam de 12 a 16 bilhões de dólares.

Com a dieta desenvolvida pelo LEA, abre-se caminho para o manejo integrado de pragas (MIP) na cultura de soja. O MIP é considerado ambientalmente correto porque utiliza inimigos naturais das pragas. Até agora, o controle do percevejo-marrom está sendo feito com base no inseticida endosulfan, que terá sua produção e comercialização no Brasil suspensa a partir de 2013. O Brasil é o 46º país a proibir o endosulfan; o produto é altamente tóxico, cancerígeno e associado a problemas nos sistemas reprodutor e endócrino.

O LEA e as pragas da soja

Outra praga que acomete a cultura de soja são as lagartas  (lagarta-da-soja e falsa-medideira). Em 2010, uma tese de doutorado de uma aluna do LEA sobre o combate a essa praga ganhou o prêmio Monsanto, multinacional líder em produção de herbicidas e de sementes transgênicas.

Com informações de Assessoria de Comunicação da Esalq

Mais informações: site www.esalq.usp.br

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