Projeto de alunas da FFCLRP reativa biblioteca pública de Ribeirão Preto

Iniciativa partiu de alunas dos cursos de Ciências da Informação e da Documentação e Pedagogia da USP.

Da Redação do Serviço de Comunicação Social da Prefeitura do Campus de Ribeirão Preto

As universitárias Paula Aline de Castro, Camila da Costa Signorini e Jeane dos Santos Silva, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, tinham uma preocupação em comum: observaram com tristeza a desativação de pequenas bibliotecas em Ribeirão Preto. A constatação fez com que se unissem para desenvolver um projeto de grande importância: reativar e inserir a comunidade na Biblioteca Olavo Bilac, localizada na Vila Tibério, tradicional bairro de Ribeirão Preto. Inaugurada em 2003, a Biblioteca funcionou por apenas dois anos.

“Era uma pena ver que havia livros, dentre outros materiais, porém tudo estava desorganizado porque faltavam profissionais que gerissem esse ambiente”, afirma Paula, responsável pela proposta e gestão do projeto.

A proposta de reativar a biblioteca foi apresentada no final de 2012, quando Paula e Jeane ainda eram alunas do curso de Ciências da Informação e da Documentação e Camila cursava Pedagogia, todas da FFCLRP.

Com uma verba de R$ 30 mil do PIC – Programa de Incentivo Cultural 2013, concedida pela prefeitura da cidade de Ribeirão Preto, por meio da Secretaria Municipal da Cultura, elas conseguiram transformar o local e alcançar a comunidade, que passou a frequentá-lo novamente.

As primeiras medidas foram organizar o acervo, contendo aproximadamente três mil obras entre livros, revistas, jogos pedagógicos, atlas, enciclopédias, jornais, e instalar um software para cadastramento dos materiais. O software foi instalado pelo professor do curso de Ciências da Informação e da Documentação da FFCLRP, José Eduardo Santarém Segundo, que auxiliou as alunas de maneira voluntária.

“Neste tipo de atividade, a USP cumpre um de seus papéis que é efetivar as relações sociais, utilizando o ensino em favor de benefícios para a comunidade. Elas organizaram o conhecimento adquirido na Universidade para reativar um ambiente que estava sem uso”, afirma o professor.

O trabalho, que incluiu a estruturação e adequação do ambiente físico e a realização das atividades culturais propostas no edital do projeto, levou nove meses para a concretização.

A iniciativa foi ainda responsável pelo desenvolvimento de uma série de atividades junto à população, entre elas: contação de histórias, oficinas de arte, poesia, folclore e outras voltadas à fabricação de brinquedos, utilizando material reciclável. Também eram oferecidas aulas de português e redação preparatórias para vestibular, concursos, entre outras; atividades estas que foram resgatas e continuam sendo oferecidas à comunidade.

O esforço trouxe resultados: quando foi inaugurada, em setembro do ano passado, muitas pessoas se interessaram e um mês depois a biblioteca era visitada mensalmente por cerca de 150 pessoas. Lá, emprestam livros e participam das oficinas.

“As crianças foram as que mais se interessaram. Foi muito gratificante poder proporcionar atividades culturais para as pessoas do bairro”, comemoram Paula, Camila e Jeane, que destacam a importância da USP para a formação de profissionais aptos e sensíveis à necessidade de desenvolver projetos em benefício da comunidade.

Para a Universidade, a iniciativa de empreendedorismo também é motivo de muito orgulho. “É um orgulho ver alunos tendo este tipo de iniciativa, efetivando o empreendedorismo, se posicionando frente à captação e aplicação de recursos públicos em prol de benefícios para a população de Ribeirão Preto. Que esta atividade sirva de modelo e motivação para o desenvolvimento de outras do mesmo gênero”, destaca o professor Santarém.

Mais informações: (16) 3602-4683

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