Esalq entrevista o engenheiro agrônomo Ângelo Petto Neto

O engenheiro destaca a importância das ciências sociais para o engenheiro agrônomo.

O Projeto AGROdestaque divulga as contribuições que o egresso da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP realiza nas Ciências Agrárias, Ambientais e Sociais Aplicadas. Consiste em uma entrevista em formato ping-pong, na qual é possível obter informações sobre o egresso – breve currículo, demandas da área em que atua e opiniões acerca de aspectos relacionados ao mercado profissional.

Confira a seguir a entrevista com Ângelo Petto Neto, formado em Engenharia Agronômica em 1967.

Atuação Profissional

Ângelo Petto Neto sempre trabalhou na iniciativa privada, em propriedades agrícolas, prestando consultoria para empresas. Auxiliou na fundação da Citral, uma das primeiras empresas de produtores de laranja, e da Cooperativa de Aguardente do Estado de São Paulo. Participou em áreas de comércio de produtos agrícolas. Foi presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Limeira. Por várias vezes, atuou como diretor da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo (Aeasp). Hoje, exerce a presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) de São Paulo, devido à licença do atual presidente.

Qual a importância do CREA para a sociedade?

O CREA tem como objetivo fiscalizar o exercício das profissões a favor da qualidade desses serviços para a sociedade. Hoje, temos uma estrutura bastante eficiente cuja finalidade é a fiscalização orientativa dos profissionais. Com isso, coibi-se o exercício ilegal das profissões e dá para a sociedade a garantia de que ela está sendo assistida por um profissional em pleno conhecimento da sua prerrogativa de atender.

O que seria a fiscalização orientativa?

Qualquer obra de engenharia, arquitetura, agronomia, meteorologia, geografia, e as profissões técnicas de grau médio ou os tecnólogos tem que estar, por força de lei, registradas no conselho e atender, dentro das suas atividades, as normas e orientações pré-estabelecidas que dão à sociedade a garantia de qualidade do serviço prestado. Desde a acessibilidade, que hoje é uma questão bastante marcante, tanto nos edifícios públicos como privados. Temos também as outras áreas, como no caso da agronomia, na qual a gente procura fiscalizar o uso incorreto de defensivos, principalmente visando a sustentabilidade do meio ambiente. Hoje, a grande preocupação do conselho é com a conservação dos recursos naturais.

Quais características o jovem deve ter para atuar nesse setor?

Primeiro, uma formação técnica bem embasada e ter a noção de que hoje nós vivemos em um mundo globalizado, onde as pessoas têm uma interface umas com as outras. Eu acredito que a grande noção que ele deve ter é que ele será um elemento importante no exercício da cidadania e terá um envolvimento forte na sociedade. É, ele tem que ter essa formação que, felizmente, a ESALQ dá, envolvendo exatas, biológicas e sociais humanas. Então é importante que, mesmo os profissionais que saem da área de exatas tenham um conhecimento das ciências sociais, do tipo de procedimento que ele deve ter em relação ao convívio na sociedade.

Da Assessoria de Comunicação da Esalq

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