João Lúcio de Azevedo é indicado a professor emérito da Esalq

O anúncio foi feito pelo diretor da Esalq, José Vicente Caixeta Filho, no dia 30 de outubro, no gabinete da Diretoria.

Alicia Nascimento Aguiar e Caio Albuquerque / Assessoria de Comunicação da Esalq

Em reunião realizada em 24 de outubro de 2013, a Congregação da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, aprovou a indicação do nome do professor João Lúcio de Azevedo, docente sênior do Departamento de Genética (LGN) e ex-diretor da instituição, entre 1991 e 1995, para concessão do título de Professor Emérito da Esalq. O anúncio foi feito pelo diretor da Esalq, José Vicente Caixeta Filho, na tarde de 30 de outubro, no gabinete da Diretoria.

A proposta para concessão do título foi encaminhada pelo LGN e referendada pela Comissão de Honrarias da Esalq que entende que o título de Professor Emérito deve ser atribuído a algum professor aposentado, preferencialmente da Esalq, e com atuação comprovada da maior parte de sua vida profissional na própria instituição, que tenha se projetado internamente ao meio acadêmico e que tenha se distinguido em atividades didáticas e de pesquisa, ou contribuído, de modo notável, para o progresso da Escola e para o desenvolvimento da Ciência.

Ao fazer o anúncio, Caixeta revelou que a indicação do nome do professor João Lúcio foi aprovada por unanimidade dos presentes (69 votos favoráveis), durante a reunião da Congregação realizada em 24 de outubro. Destacou, ainda, que o título foi concedido pela última vez em 1986. “Ao conferir essa honraria ao professor João Lúcio, a Esalq deseja render justa homenagem pela dedicação e contribuição ao ensino, à pesquisa, à comunidade e por sua atividade profissional, levando o nome da gloriosa Esalq e da Universidade de São Paulo a todos os recantos do nosso país e do exterior”.

O cerimonial específico para a entrega do diploma ao professor homenageado acontecerá durante reunião ordinária da Congregação da Esalq a ser realizada em 12 de dezembro, no período da tarde, na sala da Congregação, Edifício Central da Esalq.

Os agraciados pelo título até hoje foram Nicolau Athanassof (1949), Philippe Westin Cabral de Vasconcellos (1961), Friedrich Gustav Brieger (1970), Salvador de Toledo Piza Junior (1970), Walter Radamés Accorsi (1982) e Hugo de Almeida Leme (1986).

João Lúcio de Azevedo

Nasceu em São Paulo em 1937. Possui graduação em Engenharia Agronômica pela USP (1959), doutorado em Genetics pela Sheffield University (1971), doutorado em Agronomia (Genética e Melhoramento de Plantas) pela USP (1962), pós-doutorado pela University of Manchester (1988), e pós-doutorado pela Universidade de Nottingham (1979).

Em 1961, foi contratado como professor do Departamento de Genética (LGN). Começou lecionando as disciplinas de Genética e Citologia (hoje Biologia Celular) e depois trabalhou com Genética em Microorganismos. Lecionou na Esalq entre 1960 e 1995. Foi chefe do LGN entre 1983 e 1991, quando passou a ser diretor da Escola até 1995.

Para Azevedo, ter sido diretor da Esalq foi gratificante. “Tem gente que considera o cargo de diretor algo pesado, mas a chefia de departamento é muito mais complicada. Na diretoria, o espaço para se discutir ideias inovadoras é algo constante”, revelou o docente. Em 1994, apoiou ao surgimento da Incubadora de Empresas Agrozootécnicas, que seria reformulada em 2005 com o nome de Incubadora Tecnológica-EsalqTec. Outro ponto destacado pelo docente na passagem pelo andar superior do Edifício Central foi a criação da Seção de Atividades Internacionais (SCAInt), que significou o ponto de partida do processo de internacionalização da Escola. “Antes era raro um estágio no exterior e hoje os convênios são inúmeros”, comentou o ex-diretor.

Em 1999, foi incluído pelo jornal Folha de São Paulo em um ranking contendo 494 cientistas do Brasil com influência na pesquisa mundial. Depois de aposentado atuou como docente em outras universidades pelo país e, desde 2004 é coordenador na área de microbiologia do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA). Em 2009, João Lucio de Azevedo recebeu uma das mais significativas honrarias do meio científico, quando conquistou o Prêmio Fundação Bunge, na área de Agricultura Tropical, na categoria Vida e Obra. “Essa premiação valoriza todos os pesquisadores envolvidos com microorganismos. Tem até aquelas camisas, com os dizeres ‘Salve o mico-leão-dourado!’, ‘Salve a tartaruga!’, ‘Salve a ararinha-azul!’. Então eu fiz ‘Salvem os microorganismos!”. Não que eu desconsidere o macaquinho, o mico-leão-dourado, mas se um fungo desaparecer, por exemplo, se o Penicillium desaparecer, nós não teremos antibiótico”. Atualmente, é professor sênior do LGN.

Mais informações: (19) 3429.4109, email alicia.esalq@usp.br

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