Prefeitura do Campus reprograma uso da água e estuda propostas de gestão

A falta de chuvas nos últimos meses e a escassez de água nos reservatórios da cidade têm colaborado para repensar o uso da água no cotidiano, visando a redução.

Da Assistência Técnica de Relações Institucionais e Comunicação da PUSP-C

A Prefeitura do Campus USP da Capital (PUSP-C) está reprogramando o uso da água no atendimento a alguns de seus serviços. A falta de chuvas nos últimos meses e a escassez de água nos reservatórios da cidade têm colaborado para repensar o uso da água no cotidiano, visando a redução.

A higienização de pontos de ônibus e lixeiras de alvenaria, o apoio na rega de gramados, jardins e na produção de mudas e vasos em seu viveiro, assim como lavagem de vias, pátios e muros estarão temporariamente interrompidos até a normalização do sistema nos reservatórios. Também estão suspensas as lavagens de veículos, bem como intensificada a inspeção nas redes da Sabesp, acionando-os em caso de vazamentos. Estes serviços utilizam 16 mil litros/dia de água de reuso da Raia Olímpica, que já sofreu diminuição de seu volume.

Por esta razão, a utilização de água da Raia está sendo dimensionada mediante a redução de serviços já programados e agendados, e o atendimento será avaliado tendo em vista emergências e serviços essenciais. Além disso, a PUSP-C está iniciando estudos para avaliação e reativação de poços artesianos e captação de água de chuva na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira (Cuaso), como alternativa para atender as necessidades do Campus.

Gestão Territorial das Águas

No âmbito do Programa Campus Sustentável, a Prefeitura coloca em discussão a necessidade de adoção do planejamento e do manejo adequado e integrado desse recurso, considerando sua disponibilidade e as prioridades em situações de escassez.

O projeto Gestão Territorial das Águas se concentra nas seguintes ações:

– Caracterização dos Corpos d’ Água no Campus em funções, classes e segundo usos, considerando aspectos ambientais, sociais e paisagísticos em interação com as demandas de consumo, lazer e preservação;

– Pesquisa de Percepção sobre as Águas: composição histórica das águas no campus e percepção de seus usuários, reflexões geradas e como tem sido ou poderão ser incorporadas: na governança e gestão das águas; na criação de indicadores; nos processos de (re)naturalização dos corpos d’água por meio do resgate dos rios e córregos em seu território original;

– Diagnóstico e Avaliação dos Corpos d’Água;

– Situação e cadastramento preciso das redes pluviais, de esgoto, de distribuição para consumo e reservatórios;

– Utilização das Águas do Campus considerando apontar as categorias de usos à luz da disponibilidade, demandas de consumo, custos, formas de captação e de tratamento, reuso e distribuição.

– Gestão da qualidade das águas do Campus sob os seguintes aspectos:

  • Saneamento Ambiental: qualidade e mudança na qualidade  após tratamento
  • Efluentes: doméstico e industriais (laboratoriais)
  • Poluição do Solo: resíduos
  • Remanescentes florestais: mata ciliar, áreas degradação, erosão
  • Relação Esgotos e Poluição difusa: qualidade das Águas Córregos Jaguaré e Pirajussara – relação com o entorno

– Portal das Águas do Campus: voltado a governança e controle social das águas do campus e do entorno, como forma de consolidar uma base unificada de informações

O projeto  terá a Cuaso como área de estudo e será desenvolvido no período de 2015 a 2018, em articulação com unidades de ensino e pesquisa da USP  (Poli, IEE e IGc),  bem como com o envolvimento do Centro Tecnológico de Hidráulica e Recursos Hídricos e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas.

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