Estudo do IPq evidencia eficácia da estimulação transcraniana no tratamento da depressão

A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC), é uma técnica não invasiva, indolor e sem efeitos colaterais, que utiliza uma corrente elétrica de baixa intensidade para aumentar a atividade cerebral, diminuída na depressão.

Pesquisadores do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), liderados pelo psiquiatra André Brunoni, realizaram estudo no qual reuniram dados de aproximadamente 300 pacientes de cinco países – Brasil, Austrália, Canadá, França e Alemanha. O objetivo era mostrar que a estimulação transcraniana é eficaz no tratamento da depressão, com uma taxa de resposta de 35% e de remissão de 25%, ou seja, 1 em cada 4 pacientes apresenta completa melhora dos sintomas após o procedimento.

A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC), é uma técnica não invasiva, indolor e sem efeitos colaterais, que utiliza uma corrente elétrica de baixa intensidade para aumentar a atividade cerebral, diminuída na depressão. Segura e de fácil aplicação, a ETCC vem se mostrando um tratamento não-farmacológico tão eficaz quanto os antidepressivos, com a vantagem de não apresentar os efeitos adversos e a refratariedade dos medicamentos. A facilidade de uso, portabilidade e preço baixo são também características interessantes para a disponibilização futura desse tratamento à população, por meio da rede de atenção primária e secundária de saúde.

“Entramos em contato com pesquisadores líderes nesses países para que nos enviassem os dados e tivemos acesso às informações de cada estudo. É como se fosse um único trabalho em cinco locais no mundo, obtendo o maior número de pacientes de todos os estudos com estimulação”, explicou Brunoni. O trabalho foi apresentado no 70th Annual Meeting da Society of Biological Psychiatry (o maior da área), realizado de 14 a 16 de maio, em Toronto no Canadá, e foi selecionado como um dos 30 melhores entre mais de 500.

O grupo de pesquisa do pesquisador André Brunoni dispõe de vagas para tratamento de pessoas de 18 a 65 anos, que apresentem depressão unipolar (aquela sem alternância no estado de humor) ou depressão bipolar (episódios depressivos que incidem em portadores do transtorno bipolar do humor).

Mais informações: site www.sin.org.br

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