CEM divulga estudo sobre saúde e educação nos municípios brasileiros

Índices mapeiam desigualdades territoriais na qualidade da saúde e da educação no Brasil e revelam que a desigualdade na saúde básica é menor do que a desigualdade na educação básica

Está disponível no site do Centro de Estudos da Metrópole (CEM) da USP o Estudo sobre os Índices de Desempenho da Saúde e da Educação no Brasil. O trabalho foi coordenado por Marta Arretche, diretora do CEM e professora do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLHC) da USP e contou com a participação Sandra Gomes e Edgard Fusaro, que também compõem a equipe do CEM.

Os índices divulgados mapeiam desigualdades territoriais na qualidade da saúde e da educação no Brasil. O estudo consolida avanços na área e oferece, como modelo, um painel de acompanhamento, avaliação e controle do desempenho de duas políticas centrais para o bem-estar dos cidadãos. O objetivo é subsidiar processos políticos e sociais que envolvem as políticas públicas, em conformidade com um dos compromissos do CEM quanto à transferência do conhecimento produzido em suas pesquisas.

O trabalho observa 10 dimensões qualitativamente distintas das condições de saúde e de educação em cada município brasileiro para a década de 2000. As informações permitem comparar o desempenho de cada município em cada um dos indicadores, bem como o desempenho deles em um conjunto abrangente de dimensões de cada cada uma destas políticas, tornando possível avaliar a trajetória de cada indicador e de cada município ao longo da década.

Destaque na comparação

A comparação mostra que a qualidade da educação melhorou na maioria dos municípios, mas que há grande desigualdade no desempenho escolar entre as redes municipais, com o índice variando entre 2 e 10. O estudo revelou também que a associação entre desempenho escolar e proporção de pobres ainda é bastante alta na educação.

As condições básicas de saúde também melhoraram. Embora em alguns municípios não tenha acontecido essa melhora, a desigualdade é menor do que na educação.

Medidas de bem-estar da população vêm sendo crescentemente adotadas pela comunidade científica, organizações internacionais e policy-makers para medir o grau de desenvolvimento dos países. Estas iniciativas derivam do reconhecimento de que o PIB e a renda são indicadores importantes, porém insuficientes para avaliar a qualidade de vida dos cidadãos. A trajetória de dimensões relevantes do bem-estar dos indivíduos, tais como saúde, educação, condições urbanas, não seria, assim, um subproduto direto da renda e da riqueza nacionais, mas seriam afetadas pela trajetória das políticas públicas.

Com informações da assessoria de comunicação do CEM

Mais informações: email contato@centrodametropole.org.br, site http://www.fflch.usp.br/centrodametropole/

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