USP recebeu ex-diretor de instituto da UE em palestra sobre tendências mundiais para 2030

Álvaro de Vasconcelos, ex-diretor do Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia, prevê China como primeira potência mundial em 2030.

Da Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais

Álvaro de Vasconcelos, ex-diretor do Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia, acredita ser possível que nos próximos anos o mundo presenciará o fim do predomínio ocidental e a consequente fragmentação do poder em diversas potências.

A hipótese foi apresentada durante a palestra Tendências mundiais 2030: O Brasil e a Europa num Mundo multipolar, proferida por Vasconcelos no dia 6 de dezembro, na sala do Conselho Universitário da USP. Estiveram presentes o Vice-Reitor Executivo de Relações Internacionais da USP, Prof. Adnei Melges de Andrade, e o professor titular da Faculdade de Direito da USP, ex-ministro das Relações Exteriores e atual Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), professor Celso Lafer.

O palestrante prevê que a China será a primeira potência mundial em 2030 e aposta na tendência de formação de um bloco político e econômico do Atlântico, incluindo Estados Unidos e Europa – já grandes potências mundiais -, Brasil, África e outros países emergentes.

Nesse cenário de multilateralismo inclusivo, no qual se equipara o poder de decisão entre as nações participantes, espera-se que países como BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) assumam responsabilidade mundial e tornem-se protagonistas na busca por soluções de caráter econômico, de segurança, entre outros.

O professor Celso Lafer comentou a respeito de questões fundamentais para as mudanças em curso, como a tendência de crescimento da classe média global, a importância das políticas de identidade e reconhecimento e a velocidade de transformação do conhecimento científico e tecnológico. Ele ainda apontou a mudança significativa que haverá no papel de potências médias, como Turquia, Egito e Índia, e defendeu que a política externa brasileira invista em seu soft power, ou seja, sua habilidade de influenciar e cooptar outros corpos políticos.

Mais informações: site http://www.usp.br/internationaloffice

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