Teste de software e controle de veículos autônomos contribuem para segurança em sistemas embarcados

Sob o título "Uma contribuição à definição e automatização do teste estrutural de software de sistemas embarcados" a pesquisa está vinculada à Universidade Politecnico di Milano.

Flávia Cayres / Assessoria de Comunicação INCT-SEC

Sistemas embarcados são críticos ao apresentarem algum risco à vida humana. Um carro ou avião autônomo, por exemplo, são assim considerados por exigirem o máximo de segurança na execução de uma tarefa específica, pois em caso de falha pode ocorrer morte ou algum tipo de ferimento e catástrofe ambiental.
Para que um carro autônomo realize um trajeto, de um ponto ao outro, é necessário certificar que o sistema embarcado irá realizar, de maneira segura, o caminho desejado.

Com a intenção de investigar o teste estrutural, para assegurar o devido funcionamento dos sistemas embarcados, a aluna do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos e integrante do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC), Vânia de Oliveira Neves, realiza até maio de 2013 pelo programa Ciência Sem Fronteiras, do Governo Federal, o doutorado sanduíche em Milão na Itália.

Sob o título Uma contribuição à definição e automatização do teste estrutural de software de sistemas embarcados a pesquisa está vinculada à Universidade Politecnico di Milano.

A pesquisa envolve os projetos desenvolvidos pelo laboratório de Robótica Móvel (LRM) e o grupo de Engenharia de Software (GES), do ICMC, nos domínios de veículos aéreos e terrestres não tripulados, visão computacional e sistemas inteligentes.

Vânia explica que, ao realizar os testes de campo, todas as informações de entrada que o veículo recebeu (por exemplo, a posição do Global Positioning System (GPS), as imagens que a câmera visualizou) ficam guardadas em um arquivo. “Esse arquivo é chamado de log e, através dele, é possível simular o teste de campo e, então, analisar a cobertura do código fonte”.

Com o propósito de aumentar a cobertura obtida inicialmente, o próximo passo é gerar novas versões do log com diferentes valores de entrada, obtendo, então, um banco de logs. “Esses valores de entrada serão gerados utilizando técnicas e algoritmos de geração automática de dados de teste. Com o banco de logs e o software embarcado é possível simular o experimento e obter, dessa forma, um novo relatório de cobertura”, menciona a pesquisadora.

Desta maneira, conforme Vânia, além de aumentar a cobertura do código fonte é possível identificar quais são os caminhos que não estão sendo executados, podendo, ao realizar os testes de campo, serem sugeridos novos testes.

“Do ponto de vista acadêmico, o intercâmbio possibilita a cooperação e interação direta com pesquisadores experientes de uma instituição renomada internacionalmente além da vivência no exterior permitir conhecer outra cultura e idioma”, finaliza Vânia.

Durante a II Conferência Brasileira de Sistemas Embarcados Críticos (CBSEC), realizada, em 2012, foi apresentado artigo, sobre a pesquisa, elaborado sob orientação do professor Paulo Masiero e coorientação do professor Márcio Delamaro, ambos do ICMC e INCT-SEC. Para ler na íntegra clique aqui.

Mais informações: (16) 8127-3200

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