Ah! USP, o sonho de muitos,
um sonho realizado:
a essência da vida,
o alicerce da sobrevivência,
o orgulho de uma identidade.
O que vivi na USP?
A vida de calouros nas Letras,
tentando entender um horário …
a vida de estudante super atarefado,
o queixo caindo a cada semestre!
Sabe o que é ter aulas com gigantes?
E tome José Luiz Fiorin,
José Miguel Wisnik,
Davi Arrigucci Junior…
O que edifiquei na USP?
amigos sinceros
que se encontram sempre,
desde o primeiro dia de aula;
todos com a mesma origem:
fomos calouros intrigados
diante de um horário na parede…
Ah! Calouros… acostumados
com vida simples de ensino médio
e de repente… é obrigado a virar adulto,
a se virar com um horário em minutos…
O que a USP proporcionou?
Tudo que sou…
Sou mestre? É porque encontrei
Luis Tatit para crer em meu potencial.
Sou doutora? É porque Zilda Maria Zapparoli
abriu as portas para o meu projeto.
Tenho o pós-doutoramento?
É porque Manoel Santiago Almeida
acreditou em minhas pesquisas…
O que devo à USP?
ser professora bem sucedida
do ensino fundamental ao superior,
em universidade federal,
passando por cursinhos preparatórios;
ter escrito e lançado livro sobre Sintaxe,
ser, de 1985 aos anos 90, a primeira professora
a ministrar aulas de Gramática
da Língua Portuguesa
no extinto programa Vestibulando,
projeto revolucionário da TV Cultura.
Ah! O que dizer enfim da USP?
é meu alicerce,
minha sobrevivência,
minha identidade,
minha essência…
Parafraseando Mario de Andrade:
USP! Comoção da minha vida…