Impulsionado pelo aumento do número de frequentadores de academias no país, o consumo de suplementos alimentares cresceu 23% no ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri).
O Laboratório de Nutrição e Metabolismo da Atividade Motora, da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, é uma iniciativa que visa aprofundar a pesquisa sobre estes itens em alta, mas dos quais pouca gente conhece os reais benefícios – e riscos.
Nutrição esportiva
A nutrição esportiva como um todo envolve tanto a alimentação quanto o uso de suplementos nutricionais, normalmente em esportes de alto rendimento, e pode ser prescrita apenas por médicos e nutricionistas. Há necessidades específicas para aqueles que praticam atividades físicas – recomendações que diferem das que são adequadas para os não praticantes, como por exemplo, a hidratação e a ingestão de proteínas. “A suplementação nutricional para um atleta amador nem sempre é necessária”, afirma o professor Bruno Gualano, membro do laboratório.
Para os atletas de alto rendimento, a suplementação nutricional é importante, e isso já é um consenso entre os especialistas. Ela é chamada de ergogênica, porque afeta o desempenho físico e esportivo, e é fundamental, já que o nível competitivo dos atletas de ponta é muito parecido. Ainda que a ingestão desses nutrientes tenha um efeito marginal, qualquer melhoria pode determinar quem vai ou não ao pódio.
“O treinamento é muito importante, a alimentação, a tática, a técnica, o lado psicológico. Mas no atleta de alto nível tudo isso é muito nivelado. O suplemento nutricional, embora tenha efeito bem pequeno, pode fazer a diferença no resultado final”, diz o professor.
O suplemento nutricional, embora tenha efeito bem pequeno, pode fazer a diferença no resultado final.
No Brasil, os suplementos nutricionais permitidos pela Anvisa têm sua segurança testada, ou seja, não têm uma repercussão negativa importante para a saúde comprovada quando consumidos na quantidade recomendada. O mesmo não pode ser afirmado sobre os que não são permitidos no país, mas podem ser obtidos via internet com facilidade, com potenciais efeitos adversos.
Pesquisa
Uma das principais linhas de pesquisa do laboratório, que é coordenado pelo professor Antonio Herbert Lancha Jr., estuda o impacto da creatina na capacidade física. O grupo realiza trabalhos e testes com idosos, crianças e pacientes com doenças musculares. A creatina é utilizada como agente de tratamento e para melhorar a capacidade física do paciente.
Um outro campo de pesquisa do grupo, mais aplicado ao esporte de alto rendimento, estuda agentes que melhoram a acidose, fator que predispõe à fadiga, e o desempenho físico em atividades de altíssima intensidade. O estudo busca substâncias que minimizam esse fator fisiológico.
Extensão e difusão
O estudo da nutrição aplicada ao esporte situa-se no limite entre duas grandes áreas. Na graduação em nutrição e em saúde pública não há uma disciplina específica que atenda ao tema. Na EEFE, existe uma matéria que trata de suplementação de maneira superficial, mas é destinada a alunos de educação física e esportes – que não podem prescrever o suplemento e nem dietas. Segundo Bruno Gualano, trata-se de uma área que, “embora seja muito importante para o esporte e atividade física em geral, não é transmitida de maneira sistemática desde a graduação.”
O curso à distância Suplementação Nutricional Aplicada ao Exercício está sendo oferecido pela EEFE como extensão da pesquisa realizada no laboratório. O objetivo é apresentar, criticamente, os principais recursos nutricionais capazes de melhorar o rendimento físico e esportivo. Bruno Gaulano é o coordenador, e o público pretendido são profissionais de saúde e estudantes da graduação – inclusive aqueles de fora de São Paulo.
São dez disciplinas com questões, vídeo-aulas, textos e artigos científicos, e os alunos podem escrever suas dúvidas em um fórum, respondido em vídeos adicionais. As aulas são disponibilizadas no portal e-Aulas da USP para aqueles que não conseguiram se inscrever ou não têm interesse em receber certificado.
Impulsionado pelo aumento do número de frequentadores de academias no país, o consumo de suplementos alimentares cresceu 23% no ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri).
O Laboratório de Nutrição e Metabolismo da Atividade Motora, da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, é uma iniciativa que visa aprofundar a pesquisa sobre estes itens em alta, mas dos quais pouca gente conhece os reais benefícios – e riscos.
Nutrição esportiva
A nutrição esportiva como um todo envolve tanto a alimentação quanto o uso de suplementos nutricionais, normalmente em esportes de alto rendimento, e pode ser prescrita apenas por médicos e nutricionistas. Há necessidades específicas para aqueles que praticam atividades físicas – recomendações que diferem das que são adequadas para os não praticantes, como por exemplo, a hidratação e a ingestão de proteínas. “A suplementação nutricional para um atleta amador nem sempre é necessária”, afirma o professor Bruno Gualano, membro do laboratório.
Para os atletas de alto rendimento, a suplementação nutricional é importante, e isso já é um consenso entre os especialistas. Ela é chamada de ergogênica, porque afeta o desempenho físico e esportivo, e é fundamental, já que o nível competitivo dos atletas de ponta é muito parecido. Ainda que a ingestão desses nutrientes tenha um efeito marginal, qualquer melhoria pode marcar determinar quem vai ou não ao pódio.
“O treinamento é muito importante, a alimentação, a tática, a técnica, o lado psicológico. Mas no atleta de alto nível tudo isso é muito nivelado. O suplemento nutricional, embora tenha efeito bem pequeno, pode fazer a diferença no resultado final”, diz o professor.
O suplemento nutricional, embora tenha efeito bem pequeno, pode fazer a diferença no resultado final.
No Brasil, os suplementos nutricionais permitidos pela Anvisa têm sua segurança testada, ou seja, não têm uma repercussão negativa importante para a saúde comprovada quando consumidos na quantidade recomendada. O mesmo não pode ser afirmado sobre os que não são permitidos no país, mas podem ser obtidos via internet com facilidade, com potenciais efeitos adversos.
Pesquisa
Uma das principais linhas de pesquisa do laboratório, que é coordenado pelo professor Antonio Herbert Lancha Jr., estuda o impacto da creatina capacidade na física. O grupo realiza trabalhos e testes com idosos, crianças e pacientes com doenças musculares. A creatina é utilizada como agente de tratamento e para melhorar a capacidade física do paciente.
Um outro campo de pesquisa do grupo, mais aplicado ao esporte de alto rendimento, estuda agentes que melhoram a acidose e o desempenho físico em atividades de altíssima intensidade. A acidose é um fator que predispõe à fadiga. O estudo busca substâncias que minimizam esse fator fisiológico.
Extensão e difusão
O estudo da nutrição aplicada ao esporte situa-se no limite entre duas grandes áreas. Na graduação em nutrição e em saúde pública não há uma disciplina específica que atenda ao tema. E na EEFE existe uma matéria que trata de suplementação de maneira superficial, mas é destinada a alunos de educação física e esportes – que não podem prescrever o suplemento e nem dietas. Segundo Bruno Gualano, trata-se de uma área que, “embora seja muito importante para o esporte e atividade física em geral, não é transmitida de maneira sistemática desde a graduação.”
O curso à distância Suplementação Nutricional Aplicada ao Exercício está sendo oferecido como extensão da pesquisa realizada no laboratório. O objetivo é apresentar, criticamente, os principais recursos nutricionais capazes de melhorar o rendimento físico e esportivo. Bruno Gaulano é o coordenador, e o público pretendido são profissionais de saúde e estudantes da graduação – inclusive aqueles de fora de São Paulo.
São dez disciplinas com questões, vídeo-aulas, textos e artigos científicos, e os alunos podem escrever suas dúvidas em um fórum, respondido em vídeos adicionais. As aulas serão disponibilizadas no portal e-Aulas da USP para aqueles que não conseguiram se inscrever ou não têm interesse em receber certificado.