Docentes da USP discutem razões do sucesso nos rankings internacionais

Fortalecimento da internacionalização da Universidade é um dos principais fatores que contribuem para o ótimo desempenho da USP nos rankings internacionais, avaliam professores.

Duplo doutorado

Adalberto Pessoa Junior, vice-diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF), também entende que a boa reputação da USP junto à comunidade acadêmica global deve muito à política de internacionalização iniciada cerca de dez anos atrás. A unidade, que, ao lado da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP), é responsável pela 46ª posição da USP no ranking de Farmácia e Farmacologia, desde então estabeleceu diversos programas de duplo doutorado com instituições da França, Itália, Chile e Portugal – e estão encaminhados outros com Espanha e Dinamarca. “É sinal de que essas instituições nos reconhecem como uma parceira de igual nível de excelência”, afirma o docente.

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Foto: Marcos Santos

Ele conta que, ao longo da última dezena de anos, a FCF vem passando por uma mudança de cultura. “Há seis ou sete anos, tínhamos meia dúzia de professores com essa vocação internacional. Esse processo se acelerou com sua institucionalização. Cresceu o envolvimento da unidade e ajuda muito ter uma comissão de cooperação internacional para ajudar. Hoje, no mínimo, 30 ou 40 docentes têm ligação com o exterior”, diz Pessoa.

Uma das parcerias destacadas é com o King’s College de Londres. Além de receber pós-graduandos da instituição inglesa para realizar suas pesquisas no Brasil, a FCF deve se beneficiar do convênio com a vinda de estudantes que poderão trocar experiências com os alunos uspianos no âmbito da nova Farmácia Universitária, voltada ao atendimento farmacêutico de pacientes do Hospital Universitário. A faculdade tem, ainda, aproveitado a presença de professores britânicos visitantes não só para oferecer disciplinas à pós, mas para levá-los a ministrar aulas pontuais na graduação. Segundo o vice-diretor, a Comissão de Relações Internacionais da unidade vem estudando também a possibilidade de introduzir algumas disciplinas optativas ministradas em inglês na graduação, de forma a iniciar a preparação dos estudantes brasileiros para o ambiente internacional.

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