A Câmara de Vereadores de São Paulo acaba de receber proposta de Projeto de Lei do vereador Gilberto Natalini (PV/SP) para que a população seja alertada “sistematicamente” sobre os riscos do consumo da carambola por portadores de doença renal crônica.
Para a proposta o vereador utilizou informações de resultados de pesquisas realizadas no campus da USP em Ribeirão Preto. O estudo identificou na carambola uma neurotoxina (substância tóxica de ação no sistema nervoso central), que pode ser fatal se consumida por pessoas que não possuem função renal, pois normalmente é filtrada pelos rins. Confira notícia publicada pela Agência USP de Notícias.
Os estudos relacionando a ingestão da carambola com doença renal crônica começaram na década de 90, quando faleceu um paciente do nefrologista Miguel Moysés, da equipe do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, depois de sofrer convulsões e ficar em coma após ingerir a fruta.
Depois de muitas pesquisas, professores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCFRP) da USP, Norberto Peporine Lopes, e da FMRP, Norberto Garcia-Cairasco, descobriram a molécula causadora do problema, a caramboxina. O projeto de Lei 89/2016 foi protocolado no dia 11 de março, Dia Mundial do Rim. Nele os estabelecimentos comerciais ficam obrigados a fixarem nos pontos de venda de carambola e produtos dela derivados, cartaz de alerta, em especial aos portadores de doença renal crônica, quanto aos riscos de seu consumo, com validade no âmbito do município de São Paulo. Veja aqui a tramitação de um projeto de lei na Câmara Municipal de São Paulo.
Mais informações: (16) 3315-4707, com o professor Lopes, ou (16) 3315-3023, com o professor Cairasco