A Pró-Reitoria de Pesquisa da USP convoca os docentes para recadastramento e cadastramento de solicitação dos recursos computacionais no sistema InterNuvem USP, para otimização da sua utilização.
Com o objetivo de normatizar a utilização do sistema de nuvem da Universidade, foi nomeada uma comissão pela Pró-Reitoria de Pesquisa com a participação do Grupo Gestor de Recursos Computacionais de “High Performance and Computing” e de “Nuvens Interconectadas”, composta por professores ligados à área. Com base em diretrizes debatidas e acordadas por esse grupo gestor, a Pró-Reitoria de Pesquisa baixou a Portaria PRP 460/2015 de normatização do sistema de nuvens de pesquisa e, juntamente com a Superintendência de Tecnologia da Informação (STI), a Circular PRP-STI 001/2015, que fornece orientações de forma a direcionar o bom uso desses recursos.
A Portaria que regulamenta a utilização do sistema de armazenamento para pesquisa, publicada em 19 de novembro, teve a data de encerramento para o cadastramento prorrogada para 26 de fevereiro de 2016. “Em função do acúmulo de atribuições de final de ano, foi definida uma data de prorrogação a fim de dar mais tempo aos docentes”, explica João Eduardo Ferreira, superintendente de Tecnologia da Informação da USP (STI).
De acordo com Ferreira, desde sua implantação em 2012, não foram criadas regras de utilização para o InterNuvem, sobrecarregando o sistema. “A falta de critério meritocrático de utilização sobrecarregou o sistema, e isso fez com que muitos pesquisadores que poderiam e deveriam usá-lo não conseguissem, porque o sistema computacional é finito”, esclarece o superintendente.
O pró-reitor adjunto de Pesquisa, Antonio Mauro Saraiva, diz que o mau uso do InterNuvem USP não permite atingir todo o seu potencial. “O sistema está, neste momento, passando por um processo de revisão da alocação de seus recursos para que possa atender à real demanda da Universidade”, observa.
O superintendente da STI explica que o InterNuvem USP é uma nuvem interconectada, ou seja, há mais de uma nuvem sendo administrada ao mesmo tempo, com vários tipos de acesso, vários níveis de capacidade computacional, que se juntam de forma cooperada para atender a várias demandas: as acadêmicas e as administrativas.
Para as necessidades acadêmicas há dois tipos de solicitações: a de computação de alto desempenho e a de armazenamento em nuvem. Para que o sistema seja eficaz deve atender a três eixos: ser formado por nuvens heterogêneas; tornar seu uso sustentável e ter regularização da hospedagem para um ambiente de alta resiliência.
Portaria
A Portaria 460/2015 prevê o fornecimento de máquinas virtuais a docentes em duas modalidades: a gratuita, concedida em quantidade única por docente e em configuração predefinida a ser escolhida no próprio sistema, e a modalidade custeada, como se o docente estivesse adquirindo recursos físicos de tecnologia da informação como servidores, storage, para uso em suas pesquisas, em quaisquer quantidades ou configurações hardware-equivalente (he).
Ferreira explica que em ambos os casos o docente recebe créditos he para acesso aos recursos do InterNuvem USP, que poderão ser debitados à medida que forem usados, proporcionalmente ao tempo de ativação dos recursos. “Quando os créditos se esgotarem, o docente não terá mais acesso até que novos créditos sejam concedidos ou adquiridos.”
O superintendente ressalta ainda que os créditos não utilizados não expiram e podem ser transferidos entre docentes. “Dessa maneira, um docente que tiver completado sua pesquisa e desejar transferir o saldo de créditos para outro docente poderá fazê-lo. Os docentes também podem se associar a outros e usar os recursos da nuvem de forma cooperada”.
Vale lembrar, segundo Ferreira, que ainda está em processo de elaboração um critério para o uso do sistema pela graduação, pós- graduação, administração e cultura e extensão. “Estamos tendo um grande esforço para cobrir essas três grandes lacunas”.
Vantagens em participar do InterNuvem
Alta disponibilidade: todos os recursos estão hospedados em datacenters Tier 3 (com infraestrutura redundante, ou seja, que previne eventuais falhas e oferece alternativas que evitam prejuízos).
Livre de manutenção e atualização: o usuário fica livre da manutenção do hardware, uma vez que a responsabilidade de substituir servidores, atualizar componentes de hardware e prover manutenção evolutiva de infraestrutura fica por conta do fornecedor do serviço. As atualizações em software são feitas automaticamente, sem intervenção do usuário e sem tarifação adicional.
Flexibilidade e escalabilidade: os créditos adquiridos podem ser convertidos em quaisquer combinações de recursos TI dentre aqueles disponibilizados pelo InterNuvem USP. Isso permite ao usuário não ficar limitado a uma configuração específica de um equipamento físico adquirido, possibilitando-lhe escalar a sua aplicação para obter os resultados procurados, no tempo que lhe for mais conveniente.
Tarifação por recurso alocado/consumido: uma vez convertidos os créditos do usuário em um certo número de máquinas virtuais com uma certa configuração, a tarifação se dará com base no total de recursos alocados pelo usuário e seu tempo de alocação. Para o controle do consumo dos seus créditos, o usuário pode ligar e desligar suas máquinas virtuais e, quando não mais precisar delas, destruí-las, liberando o disco de sistema para o pool de recursos do InterNuvem USP.
Possibilidade de contratação de serviços com licenças de softwares inclusas: alguns softwares têm licenças compartilhadas a preço reduzido, de forma que os créditos podem ser usados para aquisição dessas licenças.
Izabel Leão / Jornal da USP
Mais informações: site http://sti.usp.br/