Foi divulgado nesta segunda-feira (3) o primeiro Ranking Universitário Folha (RUF), que classifica as 191 universidades brasileiras, juntamente a 41 centros universitários ou faculdades, de acordo com quatro aspectos considerados: ensino, pesquisa, reputação no mercado de trabalho e inovação. O RUF foi composto por oito meses de dados de produções acadêmicas levantados pelo jornal Folha de S. Paulo, e também pela opinião de centenas de cientistas e profissionais de Recursos Humanos, ouvidos através do Instituto Datafolha.
A metodologia do RUF foi criada pelo grupo liderado pelo cienciometrista (ciência que estuda a produção científica) da USP Rogério Meneghini, em conjunto com a Redação da Folha. Apesar de países como Estados Unidos, China e Alemanha já montarem seus rankings nacionais, o Brasil dependia de classificações globais ou, no máximo, continentais, que citam poucas instituições brasileiras e desconsideram características nacionais. Não havia, até agora, um indicador que abrangesse a visão do mercado de trabalho e a produção científica das instituições.
USP em primeiro lugar
A USP, primeiro lugar do RUF, foi também a melhor classificada em quase todos os indicadores considerados, com a exceção do aspecto de inovação, liderado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Na classificação geral, as Federais de Minas Gerais (UFMG) do Rio de Janeiro (UFRJ), aparecem em segundo e terceiro, respectivamente.
Outro resultado que chama a atenção é a boa avaliação das escolas privadas pelas empresas. Entre as 15 instituições mais citadas como melhores por profissionais responsáveis por contratação, seis são pagas. Os cientistas têm visão diferente: só citaram uma particular, a PUC-Rio (RJ), entre as melhores.
Entre as dez primeiras universidades na lista geral, cinco estão no Sudeste; três no Sul, uma no Centro-Oeste e uma no Nordeste. A melhor universidade do Norte, a federal do Pará, aparece na 24ª colocação do ranking. Essas informações são importantes para orientar políticas públicas, alunos, professores e empregadores, pois mostram as instituições de destaque no país e as que estão com defasagem.
Com informações da Folha de S. Paulo
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