Da Assessoria de Imprensa da USP
Em 2014, o número de ingressantes oriundos de escolas públicas cresceu quatro pontos percentuais em relação ao ano anterior, passando de 28,5% para 32,3%. Para o próximo Vestibular, o Conselho de Graduação (CoG) aprovou mudanças no sistema de bonificação do Programa de Inclusão Social (Inclusp) e dará início às discussões sobre novas formas de ingresso nos cursos de graduação da Universidade. Essas novidades foram anunciadas pelo pró-reitor de Graduação, Antonio Carlos Hernandes, após a sessão do CoG realizada hoje, dia 5 de junho.
Leia, a seguir, os principais tópicos apresentados pelo pró-reitor.
Programa de Inclusão Social (Inclusp)
O número de ingressantes de escolas públicas aprovados no Vestibular (32,3%) foi o maior registrado na Universidade, desde a criação do Programa de Inclusão Social (Inclusp), em 2006. Desse total, 30,3% são alunos que se declararam pretos, pardos e indígenas (PPI).
Esse grupo representa um novo rol de beneficiados pelos bônus do Inclusp este ano e podiam receber até 5% de bonificação. No Vestibular 2014, os bônus voltados para alunos oriundos de escolas públicas poderiam chegar a até 25%, dependendo do grupo em que o candidato se inseria.
Na Faculdade de Medicina, por exemplo, 41,2% dos aprovados são oriundos de escolas públicas e, desses 26,2%, são PPI. Na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, a porcentagem de alunos de escolas públicas foi 37,6% e, de PPI, 36,7%.
Mudança no sistema de bonificação
O Conselho de Graduação aprovou mudanças no sistema de bonificação do Inclusp. A partir do próximo vestibular, o candidato de escola pública receberá a porcentagem total da bonificação, dependendo do grupo em que se inserir (veja tabela abaixo). Até este ano, o bônus era concedido de acordo com o desempenho do candidato na prova da Fuvest. O mínimo de acertos na prova continuará o mesmo: 27 questões. Neste vestibular, a média dos bônus concedidos foi de 9%.
Outra novidade é que a nota de corte será calculada a partir das notas obtidas já com a bonificação. De acordo com Hernandes, simulações mostraram que, com a mudança, a nota de corte deverá subir de um a dois pontos e a expectativa é de que, em 2015, o número de ingressantes de escolas públicas chegue a até 38%.
Novas formas de ingresso
Um dos principais pontos ressaltados pelo pró-reitor é o início das discussões, a partir do dia 9 de junho, que visam à revisão dos mecanismos de ingresso na Universidade, tendo como meta o vestibular de 2016. As discussões, segundo ele, devem envolver todas as Unidades de Ensino e Pesquisa da Universidade. “A Fuvest continuará existindo, mas a proposta é que deixemos de ter uma apenas entrada para termos mais opções”, afirmou.
Hernandes apresentou como exemplo a busca de talentos em olimpíadas científicas, principalmente as relacionadas às áreas de ciências básicas, como matemática, química e física. “Há várias possibilidades e essa deverá ser uma decisão colegiada. Temos que aproveitar o que há de melhor”, disse.
Em agosto deste ano, está prevista a realização de um simpósio para debater as formas de acesso à Universidade.
Os resultados do Questionário de Avaliação Socioeconômica do vestibular da Fuvest 2014 estão disponíveis neste endereço.