Pesquisa contribui para avanço no diagnóstico da esquizofrenia

Modelo matemático identifica diferenças entre cérebros de quem tem ou não a doença.

Modelo matemático identifica diferenças entre cérebros de quem tem ou não a doença

Diferenças entre cérebros são identificadas nos modelos matemáticos - Foto: Assessoria de Comunicação / CeMEAI
Diferenças entre cérebros são identificadas nos modelos matemáticos | Foto: Assessoria de Comunicação CeMEAI

A esquizofrenia é um transtorno mental complexo que dificulta a distinção entre as experiências reais e imaginárias, interfere no pensamento lógico e tem causas ainda desconhecidas. O distúrbio intriga pacientes, médicos e pesquisadores do mundo todo. Na USP em São Carlos, teve início em 2012 um trabalho para ajudar no diagnóstico da doença.

Com a coordenação do professor e pesquisador do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), Francisco Rodrigues, a pesquisa já conseguiu identificar a diferença básica entre o cérebro de uma pessoa que tem ou não a esquizofrenia.

Segundo Rodrigues, o objetivo principal era desenvolver um modelo matemático computacional que permitisse fazer o diagnóstico sem qualquer tipo de experimento invasivo. “A partir de um scanner de ressonância magnética, mapeamos o cérebro e analisamos os dados das redes corticais. Quando a pessoa tem a doença, o cérebro é menos organizado em determinadas regiões do que o de uma pessoa que não tem a esquizofrenia”, explica.

Francisco Rodrigues coordena a pesquisa - Foto: Assessoria de Comunicação / CeMEAI
Francisco Rodrigues coordena a pesquisa | Foto: Assessoria de Comunicação CeMEAI

Rodrigues diz ainda que são extraídas e analisadas 54 características e por intermédio de um grafo, é possível afirmar com 80% de chance que trata-se de um paciente com o distúrbio.

Agora, o próximo passo é aplicar o mesmo método para diagnosticar outros tipos de doenças degenerativas como o autismo. E uma parceria junto ao Donders Institute (Instituto Holandês de Estudos do Cérebro) irá unir força neste trabalho. “Os pesquisadores holandeses estiveram aqui na USP e iremos compartilhar os estudos, possibilitando um avanço nos diagnósticos dessas doenças”, conclui.

Sobre o CeMEAI

O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP. O CeMEAI é especialmente adaptado e estruturado para promover o uso de ciências matemáticas (em particular matemática aplicada, estatística e ciência da computação) como um recurso industrial.

As atividades do Centro são realizadas dentro de um ambiente interdisciplinar, enfatizando-se a transferência de tecnologia e a educação e difusão do conhecimento para as aplicações industriais e governamentais. As atividades são desenvolvidas nas áreas de Otimização Aplicada e Pesquisa Operacional, Mecânica de Fluidos Computacional, Modelagem de Risco, Inteligência Computacional e Engenharia de Software.

Além do ICMC, o CEPID-CeMEAI conta com outras seis instituições associadas: o Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal de São Carlos (CCET-UFSCar); o Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica da Universidade Estadual de Campinas (IMECC-UNICAMP); o Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (IBILCE-UNESP); a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT-UNESP); o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE); e o Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME) da USP.

Raquel Vieira / Assessoria CEPID-CeMEAI

Mais informações: (16) 3373-6609, email: contatocemeai@icmc.usp.br

 

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